BCE deve aumentar juros e reduzir subsídios bancários
Por Balazs Koranyi e Francesco Canepa
FRANKFURT (Reuters) - O Banco Central Europeu aumentará novamente as taxas de juros nesta quinta-feira e, provavelmente, irá cortar um subsídio importante aos bancos comerciais, dando mais um grande passo no sentido de apertar a política monetária para combater a inflação.
Temendo que o rápido crescimento dos preços esteja se tornando arraigado, o BCE já aumentou os juros no ritmo mais rápido de que há registro, e há pouco alívio à vista já que desfazer uma década de estímulo pode muito bem tomar o próximo ano e além.
A expectativa é de que o BCE aumente sua taxa de depósito, que está em 0,75%, em 0,75 ponto percentual - chegando a uma alta acumulada de 2 pontos percentuais em três reuniões - e sinalize que o trabalho ainda não acabou, mesmo que o tamanho dos movimentos seguintes ainda esteja aberto a debate.
Mas em uma decisão potencialmente mais importante, é provável que o banco também dê os primeiros passos para reduzir seu balanço de 8,8 trilhões de euros, inchado por anos de compras de dívida e empréstimos ultrabaratos concedidos aos bancos.
A decisão sobre os juros provavelmente será a parte mais fácil da reunião de quinta-feira.
Ao contrário de setembro, nenhuma autoridade se opôs abertamente à ideia de um aumento de 0,75 ponto nesta quinta-feira, e os mercados precificaram totalmente esse movimento, sugerindo unanimidade, especialmente porque o Federal Reserve também indicou um aumento semelhante.
Mas a presidente do BCE, Christine Lagarde, provavelmente fornecerá apenas uma orientação vaga sobre os movimentos futuros, argumentando que mais altas são prováveis, mas que dados recebidos e novas projeções econômicas em dezembro serão fundamentais.
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