Zelenskiy pede que Ocidente alerte Rússia para não explodir barragem
Por Jonathan Landay
BASHTANKA, Ucrânia (Reuters) - O presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, pediu ao Ocidente que alerte a Rússia para não explodir uma enorme barragem que inundaria uma faixa do sul da Ucrânia, enquanto as forças da Ucrânia se preparam para afastar as tropas de Moscou de Kherson em uma dos batalhas mais importantes da guerra.
Em um discurso na televisão, Zelenskiy disse que as forças russas plantaram explosivos dentro da enorme barragem de Nova Kakhovka, que retém um enorme reservatório que domina grande parte do sul da Ucrânia, e planejam explodi-la para cobrir sua retirada.
"Agora todos no mundo precisam agir com força e rapidez para evitar um novo ataque terrorista russo. Destruir a barragem significaria um desastre em grande escala", afirmou ele.
A Rússia acusou Kiev no início desta semana de planejar a destruição da barragem. Sergei Surovikin, comandante das forças russas na Ucrânia, disse que as forças ucranianas já usaram mísseis Himars fornecidos pelos Estados Unidos, no que autoridades ucranianas chamaram de um sinal de que Moscou poderia estar planejando explodir o local e culpar Kiev.
Nenhum dos lados apresentou provas para respaldar suas alegações.
O vasto rio Dnipro corta a Ucrânia e tem vários quilômetros de largura em alguns lugares. O rompimento da barragem pode enviar água para inundar assentamentos abaixo dela, incluindo grande parte da cidade de Kherson, que as forças ucranianas esperam recapturar em um grande avanço.
Danos à barragem também destruiriam o sistema de canais que irriga o sul da Ucrânia, incluindo a Crimeia, que Moscou apreendeu em 2014.
Zelenskiy pediu aos líderes mundiais que deixem claro que explodir a barragem seria tratado "exatamente da mesma forma que o uso de armas de destruição em massa", com consequências semelhantes às ameaçadas se a Rússia usar armas nucleares ou químicas.
"DECISÕES DIFÍCEIS"
Uma das batalhas mais importantes da guerra de oito meses está chegando perto da barragem, conforme as forças ucranianas avançam ao longo da margem oeste do rio, com o objetivo de recapturar a cidade de Kherson e cercar milhares de tropas russas.
A Ucrânia impôs um apagão de informações do front em Kherson, mas o comandante russo Surovikin disse esta semana que a situação em Kherson "já era difícil" e que a Rússia "não estava descartando decisões difíceis" lá.
O Kremlin evitou nesta sexta-feira uma pergunta sobre se o presidente Vladimir Putin deu ou não uma ordem para as forças russas se retirarem de Kherson, encaminhando a questão ao Ministério da Defesa.
0 comentário
Ibovespa fecha em alta, mas tem maior perda semanal deste setembro com preocupação fiscal
Dólar termina semana com valor recorde de R$6,0012 no fechamento
S&P 500 e Dow Jones fecham em recordes com impulso de ações de tecnologia
Vendas de diesel no Brasil batem recorde em outubro, diz ANP
Europeu STOXX 600 avança com ações de tecnologia
Galípolo diz que BC não defende nível de câmbio e só atua em caso de disfuncionalidade