ApexBrasil e câmara árabe fazem aliança para aumentar comércio de alimentos halal

Publicado em 20/10/2022 13:26

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Por Ana Mano

SÃO PAULO (Reuters) – A Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) assinou um acordo com a Câmara de Comércio Árabe-Brasileira para aumentar as exportações de produtos alimentícios aos países muçulmanos, segundo comunicado divulgado nesta quinta-feira.

O plano é promover a venda de alimentos de maior valor agregado, aprofundando os fortes laços entre o Brasil e as nações islâmicas, que já compram os produtos agrícolas não processados produzidos aqui.

O Brasil é o segundo maior fornecedor mundial de alimentos e bebidas para o mundo muçulmano, atrás da Índia, mas vende principalmente commodities, incluindo açúcar, soja, frango e milho, disse o comunicado.

O acordo prevê um investimento conjunto de cerca de 15 milhões de reais ao longo de 30 meses para diversificar as exportações. A iniciativa inclui subsídios para empresas brasileiras de alimentos interessadas em solicitar a chamada certificação halal de seus produtos.

A obtenção da certificação halal serve para atestar que um produto é adequado para consumo nas sociedades muçulmanas, onde os alimentos são permitidos apenas se preparados de acordo com certos requisitos alimentares.


Tamer Mansour, secretário-geral da câmara, disse no comunicado que o objetivo é permitir que 500 potenciais exportadores brasileiros de alimentos e bebidas participem do comércio global de alimentos halal.

O mercado halal compreende 1,9 bilhão de consumidores e é avaliado em 1,267 trilhão por ano, segundo o comunicado.

Além de ampliar o comércio com os 22 países da Liga Árabe, o acordo buscará impulsionar as exportações brasileiras para Malásia e Indonésia. A parceria também visará mais vendas de alimentos halal para nações de minoria muçulmana como França, Alemanha e Reino Unido.

Em 2021, o Brasil exportou 16,5 bilhões de dólares em alimentos e bebidas para os 57 países da Organização para a Cooperação Islâmica, segundo o comunicado. Isso representou 7,2% do total importado pelo bloco. 

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Fonte:
Reuters

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