Novo governo italiano será pró-Otan e pró-Europa, diz Meloni
Por Angelo Amante e Crispian Balmer
ROMA (Reuters) - Giorgia Meloni, que deverá assumir como nova primeira-ministra da Itália, confrontou seus parceiros de coalizão de direita nesta quarta-feira, dizendo que seu novo governo será pró-Otan e totalmente uma parte da Europa.
A declaração categórica vem após seu aliado conservador Silvio Berlusconi reiterar sua simpatia pelo presidente russo, Vladimir Putin, e acusar o presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, de desencadear a guerra.
Em uma declaração com duras palavras, Meloni disse que qualquer partido que discorde de sua linha de política externa não deve se juntar ao governo, que está marcado para tomar posse na próxima semana.
"A Itália conosco no governo nunca será o elo fraco no Ocidente", disse ela.
Meloni tem defendido firmemente a Ucrânia desde que a Rússia iniciou sua invasão em fevereiro, e apoiado as sanções ocidentais contra Moscou.
"Em uma coisa eu tenho sido, sou e sempre serei clara. Pretendo liderar um governo com uma linha de política externa clara e inequívoca", disse ela. "Quem não concorda com esse pilar fundamental não pode fazer parte do governo."
Berlusconi, de 86 anos, é amigo de longa data de Putin e em um primeiro áudio vazado e divulgado na terça-feira, ele revela aos parlamentares de seu partido Força Itália que voltou a ter contato com o presidente russo e trocou "cartas amáveis" e presentes.
Em um segundo áudio, divulgado pela agência de notícias LaPresse nesta quarta-feira, Berlusconi diz que a Ucrânia afundou um acordo de paz de 2014 projetado para encerrar uma guerra separatista por falantes de russo nas regiões de Donetsk e Luhansk no leste da Ucrânia.
Na última terça-feira, após a divulgação da primeira gravação, o Força Itália disse que a visão de Berlusconi sobre a guerra estava "em linha com a posição da Europa e dos Estados Unidos".
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