Tensões entre Taiwan, EUA e China representam desafios 'sérios' para indústria de chips, diz TSMC
Por Sarah Wu
HSINCHU, Taiwan (Reuters) - As crescentes tensões Taiwan-China e Estados Unidos-China trouxeram desafios "mais sérios" para a indústria de semicondutores, disse o presidente da fabricante de chips taiwanesa TSMC nesta quarta-feira.
Falando na convenção anual da Associação da Indústria de Semicondutores de Taiwan, o presidente da TSMC, Mark Liu, disse que "o conflito comercial Estados Unidos-China e a escalada das tensões através do Estreito trouxeram desafios mais sérios a todas as indústrias, incluindo a indústria de semicondutores".
Nos últimos anos, o governo da China "nunca parou de promover sua indústria doméstica de semicondutores", incluindo design, fabricação e embalagem de chips, disse ele.
Os Estados Unidos também aprovaram sua Lei CHIPS para apoiar vigorosamente a pesquisa, o desenvolvimento e a fabricação de chips semicondutores locais, disse Liu.
Liu disse que espera que a indústria, o governo e a academia de Taiwan desenvolvam "medidas mais concretas e construtivas" sobre políticas industriais relacionadas à inovação, pesquisa, educação e retenção de talentos "para manter as vantagens mais críticas da indústria de semicondutores de Taiwan".
Ele observou que este ano o "valor da indústria" do setor de chips de Taiwan deve ter aumentado um quinto em comparação com 2021, mesmo com o impacto do atrito comercial sino-americano e problemas geopolíticos.
Embora Liu não tenha feito menção direta a isso, espera-se que o amplo conjunto de controles de exportação anunciados pelos Estados Unidos este mês, com o objetivo de retardar o progresso da China na fabricação de chips avançados, também afete os fabricantes taiwaneses.
"Ninguém vai escapar do impacto", disse Nicky Lu, presidente da empresa de design de chips de Taiwan Etron Technology, a repórteres antes do evento.
Frank Huang, presidente da Powerchip Semiconductor Manufacturing, disse que o setor foi pego em uma situação difícil.
"Fazemos negócios em ambos os lados do Estreito. Portanto, não podemos ouvir os Estados Unidos e não fazer negócios com a China Continental" disse Huang. "A posição da nossa indústria é manter nossa competitividade."
(Por Sarah Wu)
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