Wall Street cai após dados do consumidor alimentarem temores de inflação

Por Chuck Mikolajczak

NOVA YORK (Reuters) - As ações dos Estados Unidos caíram nesta sexta-feira, conforme uma piora das expectativas de inflação manteve intactas preocupações de que a trajetória agressiva de aumento de juros do Federal Reserve possa desencadear uma recessão, enquanto investidores digeriram os estágios iniciais da temporada de balanços corporativos.

Na última sessão de uma semana volátil, as ações abriram em alta, depois reverteram o curso após dados da Universidade de Michigan mostrarem que a confiança do consumidor melhorou em outubro, mas as expectativas de inflação pioraram à medida que os preços da gasolina subiram. Os dados de vendas no varejo também indicaram resiliência dos consumidores.

Autoridades do Fed tem em geral estado em sintonia em comentários sobre a necessidade de subir os juros. O presidente do Fed de St. Louis, James Bullard, disse em entrevista à Reuters que os dados recentes da inflação ao consumidor garantem uma "antecipação" contínua do ciclo de aperto monetário por meio de ajustes maiores de 0,75 ponto percentual, embora isso não signifique necessariamente que a taxa básica precise subir para acima das projeções mais recentes do banco central.

O S&P 500 teve queda de 2,37%, a 3.583,07 pontos. O Dow Jones caiu 1,34%, a 29.634,83 pontos. O índice de tecnologia Nasdaq Composite recuou 3,08%, a 10.321,39 pontos.

A queda desta sexta-feira marcou a 37ª vez que o índice S&P 500 registrou ganho ou perda de pelo menos 2% em comparação com apenas sete sessões desse tipo em todo o ano de 2021. Na semana, o Dow Jones subiu 1,15%, o S&P 500 cedeu 1,56% e o Nasdaq recuou 3,11%.

A temporada de balanços corporativos começou a ganhar força e ajudou o índice bancário, que registrou um ganho modesto de 0,03%, com impulso dos resultados trimestrais do JPMorgan Chase, que ganhou 1,66%, Citigroup, com alta de 0,65%, e Wells Fargo, que subiu 1,86%.