Wall Street fecha em alta com alívio nos rendimentos dos Treasuries
Por Carolina Mandl
(Reuters) - As bolsas nos Estados Unidos fecharam em alta nesta quarta-feira, após queda forte recente, favorecidos nessa sessão pela queda dos rendimentos dos títulos do Tesouro norte-americano, enquanto investidores aguardam mais clareza sobre os próximos passos do Federal Reserve.
O S&P 500 subiu 1,83%, para 3.979,87 pontos, enquanto o Nasdaq Composite ganhou 2,14%, a 11.791,90 pontos. O Dow Jones Industrial avançou 1,4%, para 31.581,28 pontos.
O Nasdaq Composite quebrou uma sequência de sete sessões de queda, em dia de alta das ações da Amazon.com, Tesla e Microsoft.
O mercado acionário norte-americano tem sofrido desde meados de agosto, com declarações 'hawkish' do presidente do Fed, Jerome Powell, somando-se a sinais de desaceleração econômica na Europa e na China.
Dados sugerindo força da economia dos EUA levaram os traders a apostar em um aumento de 0,75 ponto percentual na de juros pelo Fed no final deste mês.
O rendimento do Treasury de 10 anos caiu das máximas de três meses atingidas no início da sessão, impulsionando ações de ações sensíveis a taxas de juros, como Tesla e Microsoft.
Investidores continuam procurando por mais sinais externos de como os aumentos de juros pelo Federal Reserve se desdobrarão para domar uma inflação crescente.
"Os mercados de títulos estão se comportando um pouco melhor hoje, o que está dando ao mercado de ações uma sensação um pouco melhor, mas as grandes preocupações ainda são o que o Fed fará em 21 de setembro", disse Brent Schutte, diretor de investimentos da Northwestern Mutual Wealth Management Company.
As bolsas subiram apesar de falas 'hawkish' de membros do Fed no começo da quarta-feira. A presidente do Fed de Cleveland, Loretta Mester, disse que o alto custo do aluguel de acomodações nos EUA ainda não foi totalmente filtrado pelas medidas de inflação, sugerindo que a inflação ainda pode subir mais.
O presidente do Fed de Richmond, Thomas Barkin, disse que o banco central dos EUA deve elevar as taxas de juros a um nível que restrinja a atividade econômica e mantê-las lá até que os formuladores de políticas estejam "convencidos" de que a inflação está diminuindo, enquanto o vice-presidente do Fed, Lael Brainard, acrescentou que a política monetária precisa ser restritiva "por algum tempo".
O foco principal estará no discurso de Powell na quinta-feira e nos dados de preços ao consumidor dos EUA na próxima semana para obter pistas sobre o caminho da política monetária.
O "Livro Bege" do Fed indicou que as pressões sobre os preços devem persistir pelo menos até o final do ano.
Dez dos 11 principais setores do S&P foram negociados em alta, liderados por um salto em ações de empresas de serviços de utilidade pública, refletindo o posicionamento defensivo dos investidores devido às incertezas econômicas.
O índice de energia caiu na esteira da queda dos preços do petróleo por preocupações com a demanda relacionadas aos riscos iminentes de recessão.
(Reportagem de Sruthi Shankar e Ankika Biswas em Bengaluru)
0 comentário
À espera de tarifas de Trump, líder chinês faz ofensiva diplomática em cúpulas globais
Arrecadação federal em outubro fecha com maior resultado em 30 anos
Ibovespa cai pressionado por Vale enquanto mercado aguarda pacote fiscal
Agricultores bloqueiam acesso ao porto de Bordeaux para elevar pressão sobre governo francês
Dólar tem leve alta na abertura em meio à escalada de tensões entre Ucrânia e Rússia
China anuncia medidas para impulsionar comércio em meio a preocupações com tarifas de Trump