Mercado do café fecha sessão desta 5ª feira (20) com preços em lados opostos nas bolsas internacionais
Após mais um dia de forte volatilidade, os preços do café fecharam a sessão desta quinta-feira (20) em lados opostos nas bolsas internacionais.
De acordo com o Barchart, o arábica subiu hoje para uma alta de 2 semanas, impulsionado pela chuva insuficiente no Brasil que ameaça a safra de café 2025 e 2026. Já o robusta se consolidou mais baixo após um aumento no nível dos estoques da variedade monitorados pela ICE nesta quarta-feira (19), totalizando 4.336 lotes.
De acordo com o agrônomo e superintendente de Desenvolvimento do Cooperado da Cooxupé, José Eduardo dos Santos Júnior, a seca e as altas temperaturas trazem danos
irreversíveis para as lavouras e o mercado segue pessionado sob uma grande preocupação com o real impacto deste cenário climático para a safra brasileira de 2025 e também de 2026. "O real impacto ainda não é visível. Só vamos conseguir mensurá-lo no ato da colheita e, possivelmente, na próxima safra. O café não tolera altas temperaturas e estamos enfrentando temperaturas históricas, isso juntamente com a falta de chuva", acrescentou o agrônomo.
As chuvas que retornaram nos últimos dias ainda não atingiram todas as regiões cafeeiras. A Somar Meteorologia relatou na segunda-feira (17) que Minas Gerais recebeu 30,8 mm de chuva na semana encerrada em 15 de março, ou 71% da média histórica.
O arábica encerra o pregão registrando alta de 110 pontos no valor de 392,15 cents/lbp no vencimento de maio/25, um aumento de 125 pontos negociado por 385,35 cents/lbp no de julho/25, um ganho de 115 pontos no valor de 378,15 cents/lbp no de setembro/25.
Já o robusta registra queda de US$ 60 no valor de US$ 5.512/tonelada no de março/25, uma baixa de US$ 30 cotado por US$ 5.497/tonelada no de maio/25, um recuo de US$ 27 no valor de US$ 5.482/tonelada no de julho/25, e uma queda de US$ 28 no valor de US$ 5.425/tonelada no de setembro/25.
Mercado Interno
Segundo José Eduardo, diante dos patamares de preço praticados no mercado atualmente, o produtor deve apostar, por segurança, em realizar movimentações a curto prazo. Além disso, o cafeicultor deve aproveitar as oportunidades que surgirem para investir cada vez mais em produtos de qualidade para o manejo de sua lavoura, em tecnologias avançadas e em um trabalho criterioso de manutenção na colheita e pós-colheita.
Nas áreas acompanhadas pelo Notícias Agrícolas, o fechamento do pregão acompanhou os ganhos da bolsa de NY e o Café Arábica Tipo 6 registra alta de 2,34% em Franca/SP no valor de R$ 2.620,00/saca, um aumento de 2,92% em Machado/MG no valor de R$ 2.470,00/saca, e um aumento de 1,60% no valor de R$ 2.536,00/saca em Guaxupé/MG. O Cereja Descascado registra alta de 0,77% em Campos Gerais/MG negociado por R$ 2.615,00/saca, e um ganho de 0,75% em Varginha/MG no valor de R$ 2.670,00/saca.
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