Petrobras e Vale travam Ibovespa no último pregão do mês
O Ibovespa não mostrava uma tendência firme nesta sexta-feira, com o salto das ações da Petrobras na esteira de forte resultado do segundo trimestre sendo contrabalançado pelo recuo dos papéis da Vale, após a mineradora reportar queda no lucro trimestral.
O último pregão de julho também traz nova bateria de balanços corporativos, bem como é marcado por ajustes de final de mês e tem como pano de fundo um cenário relativamente positivo nas praças acionárias no exterior.
Às 11:12, o Ibovespa subia 0,06%, a 102.662,94 pontos. Tal desempenho assegurava uma alta de 3,8% na semana e de 4,2% no mês. O volume financeiro no pregão somava 6,3 bilhões de reais.
Em Wall Street, o S&P 500 avançava 0,9%, após previsões da Apple e da Amazon, bem como apostas de uma política monetária menos agressiva nos Estados Unidos. O Nasdaq Composite subia 1,4%.
Além da sinalização mais "dovish" do Federal Reserve na quarta-feira, Dan Kawa, diretor de Investimentos da TAG, destacou que resultados corporativos, no Brasil e nos EUA, estão surpreendendo positivamente, no geral, e dando suporte aos ativos de risco ao longo da semana.
DESTAQUES
- PETROBRAS ON avançava 5,9%, a 36,78 reais, tendo atingido uma máxima histórica intradia a 36,92 reais. PETROBRAS PN ganhava 4,05%, a 33,75 reais. O lucro da companhia subiu para 54,33 bilhões de reais no segundo trimestre, enquanto o resultado operacional medido pelo Ebitda ajustado totalizou 98,26 bilhões de reais.
- VALE ON caía 2,9%, a 68,65 reais, após divulgar queda de 18% no lucro do segundo trimestre, sob impacto de preços menores do minério de ferro. O Ebitda ajustado, porém, caiu pela metade. A mineradora também anunciou pagamento 16,2 bilhões de reais em dividendos.
- HYPERA PHARMA ON subia 1,1%, a 40,94 reais, na esteira de balanço trimestral com lucro 456 milhões de reais de abril a junho - queda de 3,1% ano a ano, mas acima das expectativas do mercado. O Ebitda de operações continuadas do grupo farmacêutico cresceu 15,4%.
- MULTIPLAN ON caía 3,6%, a 23,72 reais, mesmo após o lucro da companhia de shopping centers saltar 84% no segundo trimestre. No período, houve também uma disparada de 164,5% das despesas financeiras, a 94,4 milhões de reais, com reflexo de juros maiores sobre a dívida.
- USIMINAS PNA cedia 1,55%, a 8,90 reais, na sequência do resultado do segundo trimestre, com declínio de 77% do lucro, para 1 bilhão de reais. A siderúrgica também estimou vendas de aço no terceiro trimestre menores que o volume reportado no segundo trimestre e que espera retomar operações no alto-forno 2 em Ipatinga até outubro.
- ECORODOVIAS ON perdia 0,2%, a 5,57 reais, após a concessionária de infraestrutura divulgar prejuízo líquido de 7 milhões de reais de abril a junho, ante lucro de 127,4 milhões um ano antes, em desempenho afetado pelo fim dos contratos da Ecocataratas e da Ecovia Caminho do Mar, em novembro passado.
- AMERICANAS ON caía 4,2%, a 14,46 reais, com varejistas entre os destaques negativos na sessão, refletindo ajustes após um mês positivo para o setor. MAGAZINE LUIZA ON recuava 2,2% e VIA ON cedia 0,4%. No mês, esses papéis ainda sobem 7,7%, 13,7% e 30,2%, respectivamente.
- ISA CTEEP PN, que não está no Ibovespa, recuava 3%, a 22,76 reais, uma vez que a transmissora de energia divulgou um tombo de 70% no lucro do segundo trimestre, para 74,1 milhões de reais, em desempenho afetado por uma piora do resultado financeiro.
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