Pedidos de auxílio-desemprego nos EUA sobem, dispensas têm máxima de 16 meses em junho
O número de norte-americanos que entraram com novos pedidos de auxílio-desemprego aumentou inesperadamente na semana passada e a demanda por mão de obra está diminuindo, com as demissões aumentando para um pico de 16 meses em junho conforme o aperto agressivo da política monetária pelo Federal Reserve alimenta os temores de recessão.
Os pedidos iniciais de auxílio-desemprego aumentaram em 4.000 na semana encerrada em 2 de julho, para 235.000 em dado ajustado sazonalmente, disse o Departamento do Trabalho nesta quinta-feira.
Economistas consultados pela Reuters projetavam 230.000 pedidos para a última semana.
As reivindicações têm rondado o nível de 230.000 desde o início de junho, ressaltando a força do mercado de trabalho mesmo com algumas empresas dos setores de habitação e tecnologia cortando postos de trabalho.
Os dados de auxílio-desemprego podem se tornar voláteis nas próximas semanas.
Os fabricantes de automóveis normalmente fecham fábricas para manutenção anual após o feriado de 4 de Julho, o que é previsto por fatores sazonais, o modelo que o governo usa para eliminar as flutuações sazonais dos dados. Mas uma escassez global de semicondutores forçou os fabricantes a ajustar seus calendários.
Isso pode levar a menos demissões temporárias e resultar em menos solicitações sazonalmente ajustadas.
O banco central dos EUA aumentou em junho sua taxa de juros em 0,75 ponto percentual, maior alta desde 1994, conforme segue no combate à inflação. Outro aumento de tamanho semelhante é esperado este mês. O Fed aumentou sua taxa básica de juros em 1,50 ponto desde março.
A demanda por mão de obra está esfriando gradualmente. Um relatório separado da empresa global de recolocação Challenger, Gray & Christmas nesta quinta-feira mostrou que as demissões anunciadas por empregadores sediados nos EUA saltaram 57%, para 32.517 em junho, máxima desde fevereiro de 2021.
Os cortes de empregos aumentaram 39%, para 77.515, no segundo trimestre em relação ao período de janeiro a março. Mas as demissões na primeira metade do ano foram as mais baixas desde 1993.
"Os empregadores estão começando a responder às pressões financeiras e à desaceleração da demanda cortando custos", disse Andrew Challenger, vice-presidente sênior da Challenger, Gray & Christmas. "Embora o mercado de trabalho ainda esteja apertado, esse aperto pode começar a diminuir nos próximos meses."
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