Premiê do Japão defende política ultrafrouxa do BC em meio a preocupações com o iene
O primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, disse nesta terça-feira que o banco central deveria manter sua política monetária ultrafrouxa, pondo de lado os apelos da oposição para que a postura seja ajustada para visar o aumento do custo de vida no Japão.
Kishida disse que as recentes quedas acentuadas do iene são preocupantes, mas que a política monetária e as taxas de câmbio devem ser tratadas separadamente, enquanto a política fiscal deve assumir o papel principal na abordagem do impacto do aumento dos preços.
"Nas circunstâncias atuais, o status quo da política monetária deve ser mantido, apesar de que cabe ao banco central decidir sobre as ferramentas específicas", disse Kishida em um debate entre os líderes dos partidos políticos do Japão, antes da eleição para a câmara alta em 10 de julho.
"O Ministério das Finanças, a Agência de Serviços Financeiros e o Banco do Japão confirmaram a necessidade de responder adequadamente às movimentações cambiais, se necessário. Devemos observar atentamente os acontecimentos", completou.
O governo enfrenta uma crescente preocupação do público com o aumento do custo de vida, que tem sido atribuído ao iene fraco e a um aumento global dos preços das commodities devido ao conflito na Ucrânia.
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