Presidente afirma que não irá interferir na Petrobras, mas volta a cobrar função social
Por Rodrigo Viga Gaier
RIO DE JANEIRO (Reuters) - O presidente Jair Bolsonaro afirmou, nesta quarta-feira, que o governo federal não pretende interferir na política de preços da Petrobras, mas reclamou da elevada rentabilidade da empresa e frisou que falta à empresa um entendimento do momento atual da economia global.
Bolsonaro acrescentou que “lamentavelmente“ ainda não há, segundo ele, entendimento da Petrobras sobre o momento atual.
“A Petrobras é uma grande empresa, é um orgulho para nós, mas ela tem sua função social. Grandes petrolíferas baixaram sua margem de lucro e aqui se faz o contrário, ainda“, afirmou o presidente em discurso na Associação Comercial do Rio de Janeiro.
“Vamos tentar mudar isso aí, mas não vamos interferir na Petrobras como o PT fez lá atrás no preço de combustíveis“, acrescentou.
No primeiro trimestre, a Petrobras teve lucro de 44,56 bilhões de reais, uma disparada ante o valor de 1,167 bilhão de reais obtido um ano antes.
Nesta semana, o governo anunciou um pacote de medidas para tentar reduzir os preços dos combustíveis. Uma das iniciativas é uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) para zerar tributos federais e estaduais sobre combustíveis, que terá um custo de 40 bilhões de reais por aproximadamente seis meses de vigência.
No discurso para uma plateia de empresários e políticos, Bolsonaro reconheceu as dificuldades causadas pela inflação alta, mas destacou resultados positivos do PIB, desvalorização do dólar e geração de empregos.
Ele estimou que em um mês a taxa de desemprego voltará a ficar abaixo de 10%. Segundo o IBGE, em abril, a taxa de desemprego estava em 10,5%, o menor patamar desde o começo de 2016.
“Tenho certeza que mais um mês chegaremos a um dígito o número de desempregados no Brasil. Os números da economia bem mostram como está o Brasil“, afirmou.
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