Morgan Stanley vê alta em ações na América Latina até meados de 2023, mas com volatilidade
Estrategistas do Morgan Stanley enxergam espaço para alta das ações na América Latina até meados de 2023, mas com volatilidade, conforme relatório a clientes no final da segunda-feira, no qual afirmam estar 'overweight' em Brasil e Chile na região, 'neutro' em Peru e 'underweight' em México, Colômbia e Argentina.
Os analistas veem três pontos-chave afetando o movimento das ações latino-americanas. Para eles, a região fez sua "lição de casa" no que diz respeito a aperto monetário, ou pelo menos fez muito mais progresso do que outros países emergentes e desenvolvidos.
Além disso, pontuaram, a China deve implantar um estímulo anticíclico de forma mais agressiva em 2023 e as ações dos mercados emergentes - e principalmente da América Latina - devem se sair muito bem em 2023 se houver uma "redefinição do ciclo global completo" no segundo semestre de 2022.
Os analistas estimam o MSCI América Latina em 2.600 pontos em meados de 2023, mas aguardam manutenção da volatilidade das ações na região nos próximos meses. Na véspera, o índice fechou a 2.414,74 pontos.
"Os ganhos de ações regionais provavelmente dependerão do cenário macroeconômico global, do nível de incerteza política e macro política doméstica e de um potencial ciclo de flexibilização monetária em 2023."
"Enquanto isso, os investidores terão que gerenciar proativamente os riscos negativos associados a potenciais notícias de manifestações sociais em períodos eleitorais."
No caso específico de Brasil, a equipe liderada por Guilherme Paiva afirma gostar de ações de empresas voltadas para o mercado doméstico que devem se beneficiar de menor incerteza política no segundo semestre de 2022 e corte de juros em 2023.
Para o Ibovespa, o Morgan Stanley trabalha com uma projeção de 130 mil pontos em meados do próximo ano, o que representa uma valorização de cerca de 18% frente ao patamar do fechamento da segunda-feira, em reais.
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