Rússia alerta contra envio de sistema avançado de foguetes dos EUA à Ucrânia

Publicado em 01/06/2022 08:58

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(Reuters) - A Rússia criticou severamente nesta quarta-feira uma decisão dos Estados Unidos de fornecer sistemas avançados de foguetes e munições à Ucrânia, alertando para um risco maior de um confronto direto entre as duas superpotências.

O vice-ministro russo das Relações Exteriores, Sergei Ryabkov, disse à agência de notícias estatal RIA Novosti que Moscou considera a ajuda militar dos EUA à Ucrânia "extremamente negativa".

Ele destacou o envio pelos EUA à Ucrânia do Sistema de Artilharia por Foguete de Alta Mobilidade (HIMARS, na sigla em inglês), um lançador de foguetes múltiplos que pode atingir com precisão alvos a uma longa distância.

Washington disse que incluiria o sistema em um pacote de ajuda militar de 700 milhões de dólares que deverá ser anunciado nesta quarta-feira. Altos funcionários do governo norte-americano disseram que a Ucrânia deu garantias de que o sistema não será usado contra alvos dentro da Rússia.

"Nós nos movemos rapidamente para enviar à Ucrânia uma quantidade significativa de armamento e munição para que ela possa lutar no campo de batalha e estar na posição mais forte possível na mesa de negociações", escreveu o presidente dos EUA, Joe Biden, em um artigo de opinião no New York Times.

Ryabkov, quando questionado sobre a perspectiva de um confronto direto entre os Estados Unidos e a Rússia, disse: "Qualquer carregamento de armas que continue, que esteja em ascensão, aumenta os riscos de tal desdobramento".

Ele culpou Washington pela escalada das hostilidades na Ucrânia, dizendo: "Os Estados Unidos não fazem nada no interesse de encontrar algum tipo de solução. Foi exatamente o mesmo durante muitos anos antes do início da operação militar especial".

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, lançou o que a Rússia chama de "operação especial" em 24 de fevereiro para desarmar e "desnazificar" a Ucrânia. A Ucrânia e seus aliados ocidentais chamam isto de um pretexto sem fundamento para uma guerra de agressão não provocada.

(Reportagem da Reuters)

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Fonte:
Reuters

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