Pequim amplia quarentenas da Covid, moradores de Xangai denunciam regras desiguais

Publicado em 24/05/2022 10:45

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Por Ryan Woo e Engen Tham

PEQUIM/XANGAI (Reuters) - Pequim intensificou os esforços de quarentena para acabar com o surto de Covid de um mês, enquanto novos sinais de frustração surgiram em Xangai, onde alguns lamentaram restrições na cidade de 25 milhões de habitantes se preparando para suspender um lockdown prolongado em pouco mais de uma semana.

Mesmo que as tentativas drásticas da China de erradicar completamente a Covid --sua estratégia "zero-Covid"-- atinjam as perspectivas da segunda maior economia do mundo, os novos números de infecções relatados permanecem bem abaixo dos níveis vistos em muitas cidades ocidentais. A capital registrou 48 novos casos na segunda-feira entre sua população de 22 milhões, com Xangai relatando menos de 500.

Ainda assim, a vice-primeira-ministra Sun Chunlan pediu medidas mais abrangentes para conter a transmissão do vírus e aderir à política de zero-Covid do país durante uma visita de inspeção em Pequim, informou a agência de notícias estatal Xinhua nesta terça-feira.

A situação em Pequim era administrável, mas os esforços de contenção não podem diminuir, disse ela, segundo a Xinhua.

Em um exemplo do rigor da abordagem de Pequim, cerca de 1.800 pessoas em um bairro da cidade foram realocadas para a cidade de Zhangjiakou, na província vizinha de Hebei, para quarentena, informou o Beijing Daily, apoiado pelo Estado.

Em Xangai, as autoridades planejam manter a maioria das restrições em vigor este mês, antes de uma suspensão mais completa do lockdown de dois meses a partir de 1º de junho. Mesmo assim, os locais públicos terão que limitar o fluxo de pessoas a 75% da capacidade.

Moradores em alguns complexos foram autorizados a entrar e sair de suas casas livremente, enquanto outros foram informados de que só podem sair por algumas horas.

Vídeos que circulam nas mídias sociais nesta semana mostraram moradores discutindo com autoridades para serem liberados de seus conjuntos habitacionais.

O governo de Xangai não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.

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Fonte:
Reuters

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