Índia considera gastar mais US$ 26 bi para enfrentar inflação, dizem fontes
Por Aftab Ahmed
NOVA DÉLHI (Reuters) - O governo indiano está considerando gastar mais 2 trilhões de rúpias (26 bilhões de dólares) no ano fiscal 2022/23 para proteger consumidores da alta dos preços e enfrentar uma elevada inflação de vários anos, disseram duas autoridades do governo à Reuters.
As novas medidas dobrarão o impacto de 1 trilhão de rúpias às receitas do governo por cortes de impostos em petróleo e diesel anunciados pelo ministro das Finanças no sábado, de acordo com as duas autoridades.
A inflação no varejo da Índia subiu ao seu maior patamar em oito anos em abril, e a inflação no atacado está em seu maior nível em pelo menos 17 anos, uma grande dor de cabeça ao governo do primeiro-ministro Narendra Modi antes das eleições para várias assembleias estaduais este ano.
“Estamos totalmente focados em reduzir a inflação. O impacto da crise na Ucrânia foi pior que qualquer um poderia imaginar”, disse uma autoridade, que não quis se identificar.
O governo estima que mais 500 bilhões de rúpias em fundos adicionais serão necessárias para subsidiar fertilizantes, da atual estimativa de 2,15 trilhões de rúpias, afirmaram as duas autoridades.
O governo também pode apresentar outra rodada de cortes de impostos em petróleo e diesel se o óleo bruto continuar a subir, que podem significar um impacto adicional de 1 trilhão a 1,5 trilhão de rúpias no ano fiscal 2022/23 que começou em 1º de abril, afirmou a segunda autoridade.
As duas autoridades não quiseram ser identificadas porque não estão autorizadas a divulgar os detalhes. O governo não comentou o assunto em um primeiro momento, fora do horário comercial.
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