Putin diz que Rússia responderá se Otan reforçar Suécia e Finlândia militarmente

Publicado em 16/05/2022 10:00 e atualizado em 16/05/2022 11:59

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Por Guy Faulconbridge

LONDRES (Reuters) - O presidente russo, Vladimir Putin, alertou o Ocidente nesta segunda-feira que a Rússia responderá se a aliança militar ocidental Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) começar a reforçar a infraestrutura militar da Suécia e da Finlândia, que decidiram se juntar à aliança liderada pelos Estados Unidos após a invasão da Ucrânia.

Putin, líder supremo da Rússia desde o último dia de 1999, citou repetidamente a ampliação pós-soviética da Otan para o leste em direção às fronteiras da Rússia como uma razão para o conflito na Ucrânia.

Falando aos líderes de uma aliança militar de ex-Estados soviéticos dominada pela Rússia, Putin disse que a ampliação da Otan está sendo usada pelos Estados Unidos de maneira "agressiva" para agravar uma situação de segurança global já difícil.

A Rússia, disse Putin, não tinha problemas com a Finlândia ou a Suécia, então não havia ameaça direta da ampliação da Otan que incluísse esses países.

"Mas a expansão da infraestrutura militar neste território certamente provocaria nossa resposta", afirmou Putin aos líderes da Organização do Tratado de Segurança Coletiva (OTSC), que inclui Belarus, Armênia, Cazaquistão, Quirguistão e Tadjiquistão.

"Qual será (essa resposta)? Veremos quais ameaças são criadas para nós", disse Putin no Grande Palácio do Kremlin. "Os problemas estão sendo criados sem motivo nenhum. Vamos reagir de acordo."

A Rússia deu poucas pistas específicas sobre o que fará em resposta ao alargamento nórdico da Otan, as maiores consequências estratégicas da invasão russa da Ucrânia até hoje.

Um dos aliados mais próximos de Putin, o ex-presidente Dmitry Medvedev, disse no mês passado que a Rússia poderia mobilizar armas nucleares e mísseis hipersônicos no exclave russo de Kaliningrado se a Finlândia e a Suécia se juntassem à Otan.

A Otan, fundada em 1949 para fornecer segurança europeia contra a União Soviética, supera a Rússia em quase todas as medidas militares, exceto armas nucleares, embora a espinha dorsal do poder militar da aliança seja os Estados Unidos - cujas forças estão mobilizadas sobretudo longe da Europa.

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Fonte:
Reuters

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