Ibovespa sobe com bancos e proteínas, mas queda de commodities limita fôlego
Por Paula Arend Laier
SÃO PAULO (Reuters) - O Ibovespa subia nesta segunda-feira, com ações de empresas de proteínas e de bancos entre os principais suportes, mas o movimento era limitado pelo efeito negativo da queda dos preços do petróleo e do minério de ferro nos papéis da Petrobras e da Vale, além dos riscos político e fiscal no Brasil.
Às 10:43, o Ibovespa subia 0,22%, a 123.080,40 pontos. O volume financeiro somava 3,2 bilhões de reais.
Na sexta-feira, o Ibovespa fechou em alta de quase 1%, assegurando uma performance positiva no acumulado da primeira semana de agosto.
Na visão do economista-chefe da SulAmérica Investimentos, Newton Rosa, incertezas sobre o crescimento global em meio ao aumento da disseminação dos casos do coronavírus e expectativas quanto ao próximo movimento do Federal Reserve pesam sobre os ativos de risco em geral, alimentando a volatilidade.
Em Wall Street, o S&P 500 recuava 0,2%
No Brasil, acrescentou Rosa, a agenda fiscal segue no foco dos investidores, com a apresentação da PEC dos Precatórios e a MP que cria o programa assistencial Auxílio Brasil (novo Bolsa Família), além da votação da reforma do Imposto de Renda. Ainda em Brasília, está no radar a votação da PEC do Voto Impresso.
"Diante de tantas incertezas, a Bovespa deve permanecer sem impulso", avalia, em comentário enviado a clientes.
DESTAQUES
- MINERVA ON subia 2,7% antes do balanço do segundo trimestre, previsto para após o fechamento do mercado, com o setor de proteínas como um todo na ponta positiva. MARFRIG ON avançava 3,9% e JBS ON tinha elevação de 2,8%. BRF ON valorizava-se 2,6%.
- VALE ON caía 1,5%. Os contratos futuros do minério de ferro negociados em Dalian e Cingapura despencaram nesta segunda-feira, ampliando as perdas da semana passada, pressionados por perspectivas de aumento de oferta e enfraquecimento da demanda chinesa.
- PETROBRAS PN recuava 0,95%, na esteira da forte queda dos preços do petróleo no mercado externo, refletindo a alta do dólar e preocupações de que novas restrições relacionadas ao coronavírus na Ásia, especialmente na China, desacelerem a recuperação global na demanda por combustível.
- ITAÚ UNIBANCO PN mostrava acréscimo de 1,1% e BRADESCO PN subia 0,9%, contribuindo positivamente. BTG PACTUAL UNIT, que reporta balanço na terça-feira, antes da abertura, avançava 0,6%.
- IGUATEMI ON valorizava-se 1,5%, com balanço do segundo trimestre agendado para o final do dia, em sessão positiva para outras empresas de shopping centers também. MULTIPLAN ON avançava 2,2% e BRMALLS ON apurava elevação de 1,8%.
- M.DIAS BRANCO ON, que não está no Ibovespa, recuava 1,4%, após a fabricante de massas e biscoitos reportar queda no lucro do segundo trimestre, para 142,3 milhões de reais, embora tenha projetado um segundo semestre de vendas mais fortes, impulsionadas pelo aquecimento no consumo.
- VIVEO ON disparava 8,7% em estreia na B3, após a distribuidora de produtos médicos precificar oferta inicial de ações (IPO) a 9,92 reais por papeis, que avaliou a empresa em 5,7 bilhões de reais. Na máxima até o momento, chegou a 22,98 reais. Na mínima, a 21,50 reais.
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