Comissão da Câmara encerra reunião sem votar voto impresso e decisão fica para depois do recesso
Por Maria Carolina Marcello
BRASÍLIA (Reuters) - A comissão especial da Câmara que discute o voto impresso na urna eletrônica abriu reunião nesta sexta-feira, último dia de funcionamento do Congresso Nacional antes do recesso parlamentar, na tentativa de votar proposta sobre o tema, mas encerrou seus trabalhos sem analisar a matéria.
Deputados chegaram a analisar requerimentos de retirada de pauta e de alteração na ordem dos trabalhos, mas o clima ficou tenso na comissão, quando parlamentares contrários à medida identificaram desrespeito às regras regimentais no andamento da discussão.
O presidente do colegiado, deputado Paulo Eduardo Martins (PSC-PR), decidiu encerrar a reunião, sob o argumento de conceder prazo ao relator, deputado Filipe Barros (PSL-PR), para fazer alterações no texto até a próxima reunião, que só deve ocorrer em agosto.
O tema tem suscitado bastante polêmica dentro e fora do Congresso Nacional, tendo se tornado uma das principais bandeiras do presidente Jair Bolsonaro recentemente.
Bolsonaro chegou a aventar, sem provas, a possibilidade de fraude nas últimas e nas próximas eleições. A corda esticou a tal ponto que Bolsonaro e aliados chegaram a sugerir que não irão ocorrer eleições em 2022 caso o voto impresso não seja adotado.
Na Câmara, a matéria enfrenta resistência de boa parte dos deputados, com exceção dos mais alinhados com o governo, que tentam ganhar na tempo na intenção de reverter o atual cenário desfavorável para aprovação.
Dirigentes de 11 partidos políticos já se posicionaram oficialmente contra a adoção do instrumento.
O Judiciário também entrou na discussão e tem se posicionado enfaticamente contrário à proposta, sob o argumento de que o atual sistema é confiável e seguro.
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