Dólar abandona queda, passa a subir e supera R$5 com exterior; Brasília segue no radar
O dólar teve uma arrancada a partir do meio da manhã e passou a subir nesta quinta-feira, voltando a operar acima de 5 reais depois de mais cedo recuar à casa de 4,94 reais. A cotação reagiu à tomada de fôlego da moeda no exterior, com investidores ansiosos antes da divulgação na sexta-feira de cruciais dados de emprego nos Estados Unidos.
O mercado seguia ainda atento ao noticiário político doméstico, que esquentou nesta semana com manchetes sobre supostas irregularidades em compras de vacinas pelo governo, tema que passou a ser central na CPI da Covid-19 no Senado.
"Evidentemente, os burburinhos políticos aquecidos ajudam os traders na promoção momentânea e oportuna de maior volatilidade e até apreciação do preço da moeda americana, mas ainda consideramos que este seja um fator absolutamente pontual", escreveu Sidnei Nehme, economista e diretor executivo da NGO Corretora.
Às 11h58, o dólar avançava 0,70%, a 5,0114 reais na venda, depois de oscilar entre 4,9473 reais (-0,58%) e 5,0242 reais (+0,96%).
"Esse é um movimento de acompanhamento de outras moedas (pares do real), que estão tendo um ajuste ao redor do mundo", disse à Reuters Thomás Gibertoni, analista da Portofino Multi Family Office.
Peso mexicano, rand sul-africano, peso chileno e peso colombiano caíam entre 0,3% e 1% nesta sessão.
O índice do dólar contra uma cesta de seis rivais fortes abandonou queda de mais cedo e ensaiava alta, com operadores à espera de um relatório sobre a criação de empregos fora do setor agrícola dos Estados Unidos, a ser divulgado na sexta-feira. O mercado busca de pistas sobre o futuro da política monetária do Federal Reserve.
Uma guinada surpreendentemente "hawkish" (dura com a inflação) na última reunião de política monetária do Fed tem dado suporte ao dólar no exterior recentemente, uma vez que a perspectiva de elevação de juros nos Estados Unidos tende a atrair recursos para o mercado norte-americano.
"O Brasil tem desafios e perturbações grandiosas no momento, mas, gradualmente, (...) vai voltando a sua velha tradição e pode se tornar, outra vez, o 'oásis' do capital estrangeiro especulativo, pois a elevação do juro é fator imponderável e inevitável na medida em que a inflação ganha transparência dia após dia", acrescentou Nehme.
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