Dólar dispara ante real de olho em Bolsonaro e Petrobras
O dólar abriu esta segunda-feira em disparada contra o real, refletindo a cautela dos investidores domésticos depois que o presidente Jair Bolsonaro indicou o general Joaquim Silva e Luna para assumir os cargos de conselheiro e presidente da Petrobras, em meio a temores de interferência.
Bolsonaro também disse no sábado que vai "meter o dedo na energia elétrica", e que, "se a imprensa está preocupada com a troca de ontem, na semana que vem teremos mais".
Às 9:10, o dólar avançava 2,72%, a 5,5310 reais na venda, enquanto o dólar futuro de maior liquidez tinha alta de 2,55%, a 5,522 reais.
Na última sessão, na sexta-feira, a moeda norte-americana à vista registrou queda de 1,04%, a 5,3846 reais na venda.
O Banco Central iniciará nesta segunda-feira rolagem do lote de 11,9 bilhões de dólares em 237.610 contratos de swap cambial tradicional vincendos em abril. Também neste pregão, o BC ofertará até 1,60 bilhão de dólares para rolagem de linhas de moeda com compromisso de recompra que vencem no começo de março.
Ações da Petrobras desabam 17% em Nova York com analistas cortando recomendações
RIO DE JANEIRO (Reuters) - As ações da Petrobras desabavam quase 17% nas negociações pré-abertura na bolsa de Nova York nesta segunda-feira, após analistas cortarem recomendações para os papéis na sequência do anúncio pelo presidente Jair Bolsonaro da indicação de um general como novo presidente da companhia.
Analistas de Credit Suisse, Scotiabank, Bank of America, Bradesco e XP estão entre os que cortaram recomendações para as ações, com a XP afirmando que não é mais possível defender uma tese de investimento na estatal após a súbita decisão de Bolsonaro de substituir o CEO Roberto Castello Branco, bem visto pelo mercado.
A XP disse ver "riscos para a manutenção da política de preços de combustíveis da Petrobras em linha com referências internacionais".
Bolsonaro anunciou a indicação de Joaquim Silva e Luna para substituir Castello Branco com uma publicação no Facebok após o fechamento do mercado na sexta-feira.
O general da reserva disse em entrevista à Rádio Bandeirantes nesta segunda-feira que não discutiu com o governo e não tem opinião formada sobre uma eventual privatização da companhia.
No sábado, Luna disse à Reuters que a companhia precisa encontrar um "equilíbrio" na política de preços, considerando seus impactos sobre acionistas, investidores e consumidores.
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