Ibovespa recua com exterior e preocupações fiscais; Sabesp dispara
O Ibovespa recuava nesta terça-feira, com CVC Brasil entre as maiores quedas após renúncia de membros do conselho de administração, entre eles o presidente, enquanto Sabesp disparava após proposta sobre revisão tarifária.
Às 11:58, o Ibovespa caía 0,9%, a 118.618,05 pontos. O volume financeiro era de 8,7 bilhões de reais.
O viés de baixa nos mercados acionários no exterior corroborava o sinal negativo no pregão brasileiro, onde os negócios também são influenciados por ruídos políticos, em particular os potenciais efeitos nas contas públicas.
A Ágora Investimentos afirmou que as atenções estão voltadas para as discussões sobre uma nova rodada de auxílio emergencial, que podem pressionar a trajetória fiscal do país.
Em meio à repetida pressão dos presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado a favor do pagamento de um novo auxílio aos vulneráveis, o presidente Jair Bolsonaro confirmou na segunda-feira que a questão está em estudo.
Segundo afirmou uma fonte do governo à Reuters, o que está sendo avaliado no momento é um benefício de 200 reais a ser pago durante três meses a cerca de 30 milhões de vulneráveis que não estão incluídos no programa Bolsa Família.
De acordo com análise técnica da equipe do Safra, o Ibovespa segue indefinido no curto prazo e encontrando dificuldades para superar a resistência em 120.300 pontos.
"Se conseguir superá-la, o índice entrará em tendência de alta no curto prazo e poderá subir em direção a 122.600 e 125.400 pontos. Do lado da baixa, o índice encontra o forte suporte em 114.700 pontos", citou em relatório a clientes.
DESTAQUES
- CVC BRASIL ON caía 4,48%, após quatro membros do conselho de administração da operadora de turismo renunciarem, entre eles o presidente Silvio José Genesini Junior. A companhia convocou assembleia para 11 de março para aprovar novos membros. A CVC não detalhou a razão da saída dos conselheiros.
- SABESP ON avançava 7,85%, após nota da agência reguladora paulista sobre a revisão tarifária da empresa de saneamento básico de São Paulo, propondo tarifa média de 4,8413 reais por metro cúbico.
- EZ TEC ON recuava 2,6%, após desistir do IPO de sua unidade de imóveis comerciais Ez Inc, citando condições de mercado. O sinal negativo também predominava entre seus pares, com o índice do setor imobiliário caindo 1,73%, pior desempenho entre os índices de ações setoriais da B3.
- VALE ON perdia 1,37%, em meio ao ambiente mais negativo no mercado como um todo e após avançar mais de 5% nos últimos dois pregões. No setor de mineração e siderurgia, CSN ON destoava e subia 0,69%, tendo no radar precificação do IPO da sua unidade de mineração na sexta-feira.
- PETROBRAS PN e PETROBRAS ON cediam 1,21% e 1,3%, respectivamente, ampliando as perdas da véspera, com a queda do petróleo no exterior nesta sessão somando-se a receios entre agentes investidores sobre a política de preços da petrolífera de controle estatal.
- BTG PACTUAL UNIT perdia 2,08%, mesmo após resultado trimestral forte no quarto trimestre de 2020. Na véspera, os papéis atingiram máximas históricas já antecipando números sólidos. No setor, ITAÚ UNIBANCO PN cedia 0,44% e BRADESCO PN recuava 1,15%.
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