Ministério da Saúde diz que vacina da Pfizer está sendo analisada para possível aquisição
Por Ricardo Brito
BRASÍLIA (Reuters) - O Ministério da Saúde afirmou que todas as vacinas contra Covid-19 com estudos avançados no mundo estão sendo analisadas para possível aquisição, inclusive a da Pfizer, após a farmacêutica norte-americana ter anunciado que seu imunizante apresentou eficácia de pelo menos 90% em seus testes.
"O Ministério da Saúde tem trabalhado em diversas frentes para alcançar com agilidade e segurança uma solução efetiva para a cura da Covid-19 no Brasil. Todas as vacinas com estudos avançados no mundo estão sendo analisadas, inclusive a do laboratório Pfizer", disse o ministério em nota.
"Atualmente, o Ministério acompanha cerca de 254 pesquisas, algumas com testes já bem avançados. Todas as apostas necessárias serão feitas para achar uma solução efetiva, em qualidade e quantidade necessárias para imunizar a população brasileira", finalizou.
Mais cedo, um porta-voz da Pfizer no Brasil havia informado que o governo do presidente Jair Bolsonaro mantém negociações com a empresa para comprar a vacina experimental contra a Covid-19 da farmacêutica e incluí-la no Programa Nacional de Imunização do Ministério da Saúde.
A vacina passa atualmente por testes clínico em estágio avançado no Brasil com 3.100 voluntários nos Estados de São Paulo e da Bahia e seria importada das fábricas da Pfizer nos Estados Unidos e na Europa, disse o porta-voz, sem dar mais detalhes. [L1N2HV2EK]
Pela manhã, a Pfizer anunciou que sua candidata a vacina mostrou ter eficácia superior a 90%, com base em dados iniciais dos ensaios clínicos em estágio avançado.
A empresa e sua parceira alemã BioNTech são as primeiras farmacêuticas a anunciarem dados bem-sucedidos de um ensaio clínico em larga escala com uma potencial vacina contra o coronavírus. As empresas disseram que até o momento não encontraram nenhuma preocupação de segurança com a candidata a imunizante e que esperam pedir autorização para uso emergencial da vacina nos Estados Unidos ainda neste mês.
Contudo, o governo brasileiro vinha apostando na vacina desenvolvida pela Universidade Oxford em parceria com o laboratório da AstraZeneca.
Bolsonaro chegou a vetar um potencial acordo para a aquisição de 46 milhões de doses da vacina da chinesa Sinovac, outro imunizante com estudos avançados e produzida no país pelo Instituto Butantan, vinculado ao governo paulista, comandado pelo desafeto dele, João Doria (PSDB).
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) informou que acompanha as notícias em relação à vacina da Pfizer, mas disse ainda não recebeu oficialmente novas informações acerca da eficácia do imunizante. Cabe ao órgão regulador autorizar estudos e a aprovação de quaisquer vacinas em solo brasileiro.
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