Petrobras reajusta contratos de gás com distribuidoras e eleva preços
A Petrobras reajustou em 1° de novembro os preços de venda de gás natural para distribuidoras em contratos iniciados em janeiro de 2020, informou a companhia em comunicado nesta quarta-feira, no qual destacou que os ajustes estão previstos em contrato e seguem variações nas cotações do petróleo e câmbio.
"O reajuste foi de 26% em US$/MMBtu em relação ao preço do gás de agosto de 2020. Quando medido em R$/m3, o reajuste é de 33%", detalhou a estatal.
Apesar do aumento no trimestre, os preços do gás natural acumulam uma redução de 38% desde dezembro de 2019, se considerados valores em dólares por milhão de BTU e a taxa de câmbio de 30 de outubro, disse a Petrobras.
Em reais por metros cúbicos, os valores têm queda de 13% no mesmo período, acrescentou a empresa.
A companhia lembrou que o preço final ao consumidor não é determinado apenas pelo custo da molécula de gás e do transporte, mas também pelas margens das distribuidoras e pelos tributos federais e estaduais.
Em nota publicada também nesta quarta, a Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gás Canalizado (Abegás) disse que qualquer variação no preço da molécula é integralmente repassado pelas concessionárias ao consumidor final.
"O serviço prestado pelas concessionárias estaduais é de distribuição da molécula do City Gate ao consumidor final... As concessionárias estaduais não são remuneradas pelo preço da molécula, mas sim pela tarifa de distribuição fixada pelas agências reguladoras estaduais", afirmou.
Segundo a entidade, em média 17% do preço do gás é pago pelo consumidor às distribuidoras, correspondendo a fatores como operação e manutenção de ativos, enquanto 59% do valor equivale ao preço da molécula acrescido da tarifa de transporte e 24% são tributos federais e estaduais.
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