Temos visto alta nos casos da covid-19 pelo mundo, diz diretor-geral da OMS

Publicado em 12/10/2020 18:20

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O diretor-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, alertou durante entrevista coletiva virtual nesta segunda-feira, 12, para o fato de que tem ocorrido um aumento do número de casos da covid-19 pelo mundo, "sobretudo na Europa e nas Américas". Ele também lembrou que, nos últimos dias, foram registrados recordes consecutivos de casos diários da doença pelo mundo.

"Muitas cidades e países também estão reportando um aumento nas hospitalizações e na ocupação de UTIs", alertou Tedros, ao pedir que as nações sigam atentas aos problemas e que as pessoas mantenham as medidas já conhecidas para conter o problema. Ao mesmo tempo, ele lembrou que o quadro pelo mundo é irregular. "Quase 70% de todos os casos da covid-19 reportados globalmente na última semana são de dez países e quase a metade dos casos vem de apenas três países", destacou.

Em sua fala inicial, Tedros comentou a questão da imunidade de rebanho. Ele lembrou que nunca na história da saúde pública essa imunidade coletiva foi usada como estratégia para responder a um surto de doenças, "que dirá de uma pandemia". "Isso é científica e eticamente problemático", ressaltou. Como exemplo, disse que a imunidade de rebanho contra o sarampo requer que cerca de 95% da população esteja vacinada, com os 5% restantes protegidos pelo fato de que a doença não será disseminada entre os demais. No caso da pólio, essa porcentagem é de 80%, citou.

Nesse contexto, o diretor-geral da OMS lembrou que ainda não se sabe o quão forte ou duradoura é a resposta imune à covid-19. Além disso, notou que muitas pessoas pelo mundo continuam a ser suscetíveis à doença, por isso deixar o vírus circular causará mais contaminações e mortes, advertiu, lembrando também que não se sabe o suficiente até agora sobre os efeitos de longo prazo da doença em parte dos pacientes.

 

OMS vê melhora em números da covid-19 no Brasil, mas aponta risco de novos picos

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Diretor executivo da Organização Mundial de Saúde (OMS), Michael Ryan disse que a instituição celebra o fato de que o Brasil mostra números "estabilizando ou recuando" na covid-19, mas destacou que eles "seguem altos". Além disso, Ryan comentou, durante entrevista coletiva, o fato de que a desaceleração nos casos da doença "não exclui um novo pico" adiante.

Ryan disse que há uma tendência de baixa nos casos nas Américas. Além disso, ele parabenizou as equipes na linha de frente no Brasil pelo que tem sido "uma luta muito longa" contra a doença. Mas fez um acréscimo, dizendo que fala a partir de exemplos de outras nações: "o fato de que a doença está desacelerando não significa que ela não vá ganhar força de novo".

Com isso, a autoridade insistiu que se mantenha a vigilância, lembrando também que o País é muito grande, por isso um recuo no número geral não significa a ausência de regiões com quadros mais graves de contaminações.

 

BCE: recuperação econômica da zona do euro perde força com novos casos de covid

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O vice-presidente do Banco Central Europeu (BCE), Luis de Guindos, afirmou que a instituição está monitorando os riscos de uma segunda onda de casos de coronavírus na região. "Dados de alta frequência apontam para a perda de força da recuperação econômica", afirmou, durante evento virtual organizado pelo Instituto Internacional de Finanças (IIF).

O dirigente argumentou que um dos principais legados da pandemia será o alto nível de endividamento de empresas e governos. Para ele, a política fiscal é a linha de frente da resposta a esta crise, mas a monetária pode fornecer importantes contribuições, sobretudo na área da estabilidade financeiro. Guindos revelou que, em sua revisão de estratégica, o BCE vai focar na definição do que é considerado estabilidade de preços.

O economista espanhol comentou ainda que, embora não estabeleça uma meta para a taxa de câmbio, a autoridade monetária acompanha de perto o comportamento do euro, por conta do efeito da divisa na inflação e no crescimento econômico.

Reino Unido anuncia novas restrições e pacote de 1 bilhão de libras

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Nesta segunda-feira, 12, o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, anunciou um novo plano de restrições para conter o crescimento de casos de covid-19 no Reino Unido. O sistema vai classificar as regiões do país em três níveis de alerta: médio, alto e muito alto. As novas diretrizes serão debatidas e votadas na terça-feira (13) e devem entrar em vigor na quarta-feira, dia 14. Johnson informou também sobre a liberação de um novo pacote financeiro no valor de 1 bilhão de libras para apoiar as áreas mais afetadas pelo avanço da doença.

No discurso realizado para o parlamento, o primeiro-ministro explicou os níveis de classificação. O primeiro nível (médio) vai incluir a maior parte da Inglaterra, inicialmente. As regras para essa categoria são as já vigentes no país, como o máximo de seis pessoas por grupo em pubs e que esses estabelecimentos funcionem até as 22h. A segunda classificação (alta) restringe confraternização interna entre pessoas de diferentes famílias.

O alerta mais grave (muito alto) prevê medidas mais rígidas, como o fechamento de todos os bares e pubs para regiões em que a doença está se espalhando de forma mais rápida. Segundo Johnson, a região do município de Liverpool é uma das que estão inclusas nessa categoria.

O líder britânico destacou que, no momento, existem mais pessoas hospitalizadas no Reino Unido do que quando o país entrou em "lockdown" no mês de março e os números continuam aumentando. Mas descartou a possibilidade de medidas mais extremas. "Eu discordo que nós devemos ter mais um 'lockdown' completo", afirmou. Até agora, o país registra 603.716 casos de covid-19 e 57.347 mortes.

O primeiro-ministro afirmou que o governo busca alcançar o máximo de consenso possível sobre os pontos mais severos, por isso trabalhará com as autoridades locais para analisar medidas adicionais que possam ser tomadas. "Isso pode levar a mais restrições nos setores de hospedagem, lazer, entretenimento ou cuidados pessoais. Mas comércio de varejo, escolas e universidades permanecerão abertos", disse Johnson.

A expectativa é de que outros países europeus, como França e Itália, também adotem medidas restritivas. O primeiro-ministro francês, Jean Castex, reconheceu nesta segunda-feira tal possibilidade. Ao ser perguntado sobre novas regras para fechamento do comércio e ordens para que os cidadãos permaneçam em casa, ele afirmou que "nada pode ser descartado, diante do que temos visto em nossos hospitais", mas considera ser possível evitar um novo "lockdown" nacional.

A França registrou o recorde de 27 mil novos casos no último sábado (10) e 16 mil mo domingo, 11, aponta reportagem do The Guardian. O país soma 734.974 infecções e 32.683 mortes até o momento, segundo dados do Ministério de Saúde francês.

No domingo, em entrevista à emissora estatal RAI, o ministro da Saúde italiano, Roberto Speranza, também falou sobre novas medidas. "Depois de muitas semanas em que relaxamos as malhas da rede, agora somos obrigados a apertá-las", disse. De acordo com casos da Organização Mundial de Saúde (OMS), a Itália possui 354 950 casos da doença e 36.166 óbitos.

 

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Fonte:
Estadão Conteúdo

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