Em posse de Pazuello, Bolsonaro volta a defender cloroquina e repete que estava certo lá atrás

Publicado em 16/09/2020 19:28

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BRASÍLIA (Reuters) - O presidente Jair Bolsonaro voltou a defender nesta quarta-feira o tratamento precoce da Covid-19 com o uso da hidroxicloroquina --droga que não tem eficácia comprovada contra a doença-- e destacou que, mesmo sem ser médico, estava certo na forma de conduzir a pandemia do novo coronavírus, na cerimônia de efetivação do general Eduardo Pazuello no comando do Ministério da Saúde nesta quinta-feira.

"Parabenizo toda a classe médica, em especial àqueles que ousaram com a cloroquina", disse Bolsonaro, que mostrou a caixa da medicação e foi aplaudido.

No discurso, recheado de críticas à cobertura da imprensa, Bolsonaro elogiou Pazuello por ter ganho a simpatia durante a interinidade não só do governo, mas de governadores e prefeitos. Exaltou que sabia da "enorme capacidade" do agora ministro efetivo de gerir e disse que acreditou no convite a ele em razão da sua vida pregressa.

Em suas falas na solenidade no Palácio do Planalto, tanto Bolsonaro quanto Pazuello não fizeram qualquer referência ao atual número de mortos e infectados por Covid-19 no país --segundo dados do Ministério da Saúde na véspera, são 133.119 óbitos e 4.382.263 casos. O ministro, contudo, se solidarizou com os familiares das vítimas.

Pazuello diz que Brasil está vencendo guerra e atividades voltam ao normal

BRASÍLIA (Reuters) - O ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello, afirmou nesta quarta-feira, ao tomar posse como efetivo após quatro meses de interinidade no cargo, que o Brasil está vencendo a guerra contra a Covid-19 e as atividades estão voltando ao normal.

Pazuello afirmou que medidas adotadas pelo governo à frente da pasta conseguiram uma "estabilidade bem definida", com as Regiões Norte e Nordeste com queda confirmada e os Estados do Sudeste, Sul e Centro-Oeste apresentando tendência de redução.

Na cerimônia de posse, o ministro acrescentou que as preocupações de que o Sistema Único de Saúde (SUS) entraria em colapso não se concretizaram, e que isso não irá acontecer.

Pazuello assumiu o cargo interinamente em 15 de maio após o então titular, Nelson Teich, pedir demissão com menos de um mês no cargo por não concordar com a ampliação do uso da cloroquina e da hidroxicloroquina no tratamento da Covid-19.

Os medicamentos tem no presidente Jair Bolsonaro um dos seus principais defensores. Ele próprio, que contraiu Covid-19 em julho, usou a hidroxicloroquina.

Antes de Teich, ocupava o ministério Luiz Henrique Mandetta, que foi demitido por Bolsonaro em meados de abril, após uma série de desentendimentos sobre a condução da crise do coronavírus, como uso da cloroquina e medidas de distanciamento social.

Quando Pazuello assumiu o cargo interinamente, o Brasil tinha um total de 218.223 casos e 14.817 mortes de Covid-19. Na ocasião, o país era o sexto país do mundo em número absoluto de casos, atrás de Estados Unidos, Rússia, Espanha, Reino Unido e Itália.

 País tem 987 mortes por covid -19 em 24h, total chega a 134.106

O Brasil registrou 987 novas mortes por covid-19 nas últimas 24h, segundo dados divulgados nesta quarta-feira, 16, pelo Ministério da Saúde, elevando o total de óbitos no País a 134.106.

De ontem para hoje, foram contabilizados 36.820 novos casos da doença, elevando o número de confirmações para 4.419.083. Deste total, 3.720.312 (84,2%) correspondem aos recuperados da doença e 564.665 (12,8%) em acompanhamento. Segundo o Ministério da Saúde, ainda existem 2.428 mortes em investigação.

Trump diz que EUA podem distribuir ao menos 100 milhões de doses de vacina da Covid até fim deste ano

(Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta quarta-feira que pelo menos 100 milhões de doses de uma vacina contra o coronavírus podem ser distribuídas no país até o final de 2020, alguns meses antes do previsto por um alto funcionário de saúde do governo.

"Assim que a FDA aprovar a vacina... poderemos distribuir 100 milhões de doses até o final de 2020 e um grande número muito antes disso", disse Trump em entrevista coletiva.

Mais cedo nesta quarta-feira, o diretor dos Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA, Robert Redfield, disse que uma vacina contra a Covid-19 poderia ser distribuída em larga escala em meados do próximo ano ou um pouco mais tarde.

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Fonte:
Reuters

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