Cenário fiscal deve determinar o ritmo da bolsa brasileira em setembro

Publicado em 01/09/2020 12:05

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Setembro começa com as opiniões do mercado acionário brasileiro voltadas para o cenário fiscal do país, em meio a preocupações com o risco de uma flexibilização do teto de custos e tensões entre a equipe econômica e outras áreas do governo.

"Com as taxas de juros de longo prazo nos atuais níveis, e mesmo após o 'sell-off' recente, nós enxergamos um espaço pequeno de alta com base em fundamentos", afirmaram os estrategistas do BTG Pactual Carlos Sequeira e Osni Carfi, em relatório com as ações recomendadas para o mês.

Para eles, se o governo e o Congresso avançarem com uma agenda de reformas e indicarem vontade de trabalhar na consolidação fiscal, os juros de longo prazo podem cair, abrindo o caminho para o Ibovespa voltar a subir. Os estrategistas, porém, veem desafios no avanço de medidas de austeridade fiscal no curto prazo.

Em agosto, o Ibovespa teve a primeira queda mensal desde março, de 3,4%, com a frente fiscal limitando os efeitos de estímulos monetários, principalmente nos Estados Unidos, que levaram Wall Street a novas máximas recordes.

Nesta semana, o projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) conhecido que o governo espera um rombo primário para o governo central em 2021 de 233,6 bilhões de reais, ante déficit de 149,61 bilhões de reais estipulado em abril, no de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO).

"Acreditamos que a volatilidade deva se fazer mais presente neste segundo semestre, mesmo passado o ponto mais crítico da crise do Covid-19", acrescentou Victor Penna e equipe da área de análise da BB Investimentos, estimando que o acompanhando de perto a real retomada das economias da pandemia de coronavírus.

"No mercado interno, os ruídos nos campos políticos e fiscais se mantêm em cena, enquanto no externo ficarão no radar novidades na intensidade e duração de medidas de estímulos econômicos, bem como o iminente processo eleitoral americano", observaram em relatório a clientes.

A XP Investimentos também chamou a atenção para os recebimentos políticos e fiscais, mas afirmou que segue otimista com o Ibovespa, estimando que fique em 115.000 pontos ao final de 2020, amparado pela continuidade da migração de recursos para renda variável por investidores em busca de retornos atrativos .

Veja cinco carteiras recomendadas para setembro compiladas pela Reuters:

BB Investimentos

Bradesco PN

Minerva

B2W

Centauro

Unidas

Marfrig

MRV

Taesa

Vale

Via Varejo

BTG Pactual

Vale

Petrobras PN

B3

JBS

Lojas Americanas PN

TIM

CCR

Duratex

Oi

Cyrela

Genial Investimentos

Aliansce Sonae

Banco BMG

Bradespar

Hapvida

Neoenergia

Dimed (Panvel)

Sinqia

Vulcabras

Locaweb

Log Comercial

Terra Investimentos

B3

Bradesco PN

Eztec

Gerdau PN

JBS

Petrobras PN

Rumo

Telefônica Brasil PN

Vale

Via Varejo

XP Investimentos

B3

Banco do Brasil

Gerdau PN

Iguatemi

Locaweb

Lojas Americanas PN

Movida

Vale

Vivara

Via Varejo

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Fonte:
Reuters

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