Itaú Unibanco prorroga R$ 15 bi em dívidas de empresas e pessoas físicas na crise

Publicado em 07/05/2020 18:49

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O Itaú Unibanco já prorrogou quase R$ 15 bilhões em dívidas de 355 mil clientes pessoas físicas e empresas. Essa é a primeira mostra do programa de reestruturação financeira que o banco lançou no mês passado, por conta da crise desencadeada pelo novo coronavírus no Brasil. Em crédito novo, foram mais de R$ 4 bilhões, desembolsados para 260 mil clientes, em apenas duas semanas.

Batizado de Plano de Saúde Financeira, o programa visa a alcançar, se necessário, um universo de 20 milhões de clientes que procuram fôlego financeiro na crise. "A adesão de um grande volume de clientes, em tão pouco tempo, reforça que o papel de um banco nesse momento é mesmo, o de se reinventar e proporcionar condições concretas e eficazes para que as pessoas e empresas atravessem de forma sustentável a crise", diz o diretor executivo responsável pelo Banco de Varejo do Itaú Unibanco, André Rodrigues.

O maior volume de postergações foi destinado a pessoas físicas. Até agora, o banco prorrogou mais de R$ 8 bilhões em operações para um total de 280 mil clientes.

Uma delas foi Célia Maria Ferreira da Silva, de 47 anos. Dona de um salão de manicure e podologia, na Zona Sul de São Paulo, viu seu movimento cair pela metade com a crise e ainda com as medidas de segurança para evitar o contágio de uma cliente para a outra. Responsável por praticamente a única renda da família - o filho ficou desempregado por conta da crise e a filha trabalha com ela -, Célia recorreu à carência de até 120 dias no crédito imobiliário para não acumular as prestações e colocar em risco o único patrimônio da família.

"A possibilidade de voltar a pagar as prestações somente em julho aliviou demais. Me deu uma paz e um respiro. Agora, posso, ao menos, comer", disse a manicure.

Além das prorrogações de dívidas, outros 200 mil clientes pessoas físicas também aproveitaram o programa para tomar crédito novo. Para esse público, o banco concedeu quase R$ 2 bilhões até o momento.

Na pessoa jurídica, os alongamentos feitos pelo Itaú chegaram a R$ 6,6 bilhões para um universo de 75 mil empresas. O crédito novo, para este público, foi maior. Impulsiona, sobretudo, a necessidade de liquidez para sobreviver à crise. O faturamento de alguns negócios caiu entre 80% e 90%. Nesse contexto, o Itaú já concedeu R$ 2,2 bilhões em empréstimos novos a 60 mil empresas.

"Desenhamos o plano de saúde financeira com expectativa de beneficiar cerca de 20 milhões de clientes e assim seguiremos nessa missão de dar mais fôlego a uma parcela ainda maior nos próximos meses", afirma Rodrigues.

Depois de conceder carência de 60 dias para dívidas em dia - foram mais de 850 mil contratos de pessoas físicas repactuados -, o banco desenhou um pacote para apoiar os clientes por mais tempo. Aumentou o período de prorrogação das dívidas, para até 120 dias no caso de pessoas físicas e 180 dias para empresas, e esticou os prazos das dívidas para cinco ou seis anos, mantendo os mesmos juros.

O presidente do Itaú, Candido Bracher, afirmou que o banco tem se esforçado e está muito "mais generoso". O objetivo é, não só apoiá-los na fase de turbulência, como manter o índice de inadimplência so27;o, Flávio Dino (PCdoB), 11,56%.

Um dos principais opositores de Bolsonaro, Doria conquistou 56.062 novos seguidores e reverteu uma tendência de perda que o acompanhava desde o início do seu mandato como governador. Ele concentra 30% do volume de seguidores no Twitter, Instagram, YouTube e Facebook entre os chefes dos Executivos estaduais. Já Wilson Witzel (PSC), do Rio, embora ainda tenha menos seguidores que Doria, tem sido mais citado, de acordo com a Bites. Nos últimos 12 meses, 336 mil usuários do Twitter o mencionaram, enquanto 231 mil falaram sobre Doria.

"Pibinho"

O presidente Jair Bolsonaro começou a perder apoio virtual no último dia 4, quando foi anunciado o resultado do PIB de 2019, de 1,1%, segundo análises feitas pelas empresas Bites e Arquimedes, especializadas em medir o comportamento nas redes sociais. Naquele dia, de acordo com levantamento da Arquimedes, Bolsonaro contou apenas com seus apoiadores mais fiéis, perdendo a adesão de setores liberais e conservadores.

Segundo os analistas, desde então, o presidente tentou reagrupar seus apoiadores, que estavam divididos entre ataques ao governador de São Paulo, João Doria (PSDB), e ao PT. Disse, sem apresentar provas, que a eleição de 2018 foi fraudada, explorou uma reportagem do médico Drauzio Varella com uma presidiária trans e atacou o Parlamento.

Na semana seguinte, com as quedas das bolsas e a alta do dólar, Bolsonaro teve o pior desempenho no Twitter desde que tomou posse. No dia 15, quando grupos bolsonaristas foram à ruas contra o Congresso e o Supremo, o presidente voltou a ter popularidade. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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Fonte:
Estadão Conteúdo

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