Brasil tem mais de 7 mil casos de coronavírus e 5.901 mortos; isolamento permanece

Publicado em 30/04/2020 17:19 e atualizado em 30/04/2020 19:38

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BRASÍLIA (Reuters) - O Brasil bateu um novo recorde diário no registro de casos de novo coronavírus, com 7.218 notificações, alcançando agora 85.380 registros de infecção pela doença, segundo boletim do Ministério da Saúde divulgado nesta quinta-feira.

Com os novos número, o Brasil passou a China --primeiro país a ser afetado pelo novo coronavírus-- também em total de casos de Covid-19, após já ter superado nesta semana o número de vítimas fatais da doença no país asiático.

A China contabiliza 82.862 casos confirmados, com 4.633 mortes, de acordo com dados oficias.

Segundo o Ministério da Saúde, o Brasil chegou nesta quinta-feira a 5.901 óbitos, após aumento de 435 mortes pela Covid-19 nas últimas 24 horas -- repetindo o padrão acima de 400 dos últimos dias.

Segundo o ministério, a taxa de letalidade do coronavírus no Brasil é de 6,9%.

A aceleração do número de casos no país ocorre no momento em que alguns Estados começam a discutir formas de afrouxar as medidas de isolamento do coronavírus, apesar de o país ainda não ter chegado ao período de pico das internações por doenças respiratórias, que tradicionalmente ocorre no final de maio, e ante sinais de esgotamento das redes de saúde.

São Paulo segue como o Estado do país mais afetado pela doença, com 28.698 casos --avanço de 2.540 na comparação com a véspera-- e 2.375 mortes, sendo 128 nas últimas 24 horas.

Na sequência da contagem de casos do Ministério da Saúde vem o Rio de Janeiro, com 9.453 casos e 854 mortes, acompanhado por Ceará (7.606 infecções, 482 óbitos) e Pernambuco (6.876 casos, 565 mortes) -- todos esses Estados com sinais de esgotamento em seus sistemas de saúde.

Veja um gráfico com os números do coronavírus pelo mundo: https://graphics.reuters.com/CHINA-HEALTH-MAP/0100B59S43G/index.html

Não há como liberar isolamento quando há curva em franca ascensão de Covid-19, diz Teich

BRASÍLIA (Reuters) - O ministro da Saúde, Nelson Teich, reconheceu nesta quinta-feira que não há como afrouxar o isolamento social diante de uma curva em franca elevação do novo coronavírus, no dia em que o país bateu um novo recorde diário de casos, com 7.218 notificações, alcançando agora mais de 85 mil registros de infecção pela doença.

"Há coisas que são básicas, não tem como ter liberação de isolamento quando há uma curva em franca ascendência", disse Teich, em entrevista coletiva no Palácio do Planalto.

O ministro ressaltou que a diretriz do ministério para lidar com a eventual flexibilização de localidades do isolamento social está pronta, mas disse que o governo avalia qual o melhor momento para ser divulgada publicamente. Por ora, acrescentou, apenas os governos estaduais e prefeituras terão acesso ao documento para decidirem suas políticas.

Segundo Teich, a questão tem que ser analisada de forma tranquila e equilibrada. "Ninguém vai chegar aqui com uma coisa milagrosa", disse ele, ao ponderar que o mundo inteiro está lidando com essa questão.

Para o ministro, a grande preocupação é como veicular as diretrizes sobre afrouxamento para que isso não se torne um instrumento de discórdia.

Questionado sobre eventual possibilidade de Estados e municípios tomarem medidas de afrouxamento mesmo com o avanço do coronavírus, Teich disse que no momento a pasta tem uma "orientação clara", e que o distanciamento permanece como a orientação a ser seguida.

O ministro ressalvou que a decisão sobre isolamento é de Estados e municípios, e disse ver essa discussão "muito mais" como política do que social. Segundo Teich, mesmo os locais que querem flexibilizar o isolamento não estão tomando essa decisão "de forma irresponsável".

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Fonte:
Reuters

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