Mais de 90% das empresas em polo econômico no sul da China retomam o trabalho

Publicado em 03/03/2020 21:26

Guangzhou, 3 mar (Xinhua) -- Até segunda-feira, 91,2% das empresas na Província de Guangdong, no sul da China, já tinham retomado o trabalho, informaram nesta terça as autoridades.

O Departamento dos Recursos Humanos e da Seguridade Social de Guangdong disse que a proporção subiu 45,7 pontos percentuais em relação a 17 de fevereiro, quando a retomada do trabalho ganhou mais fôlego.

À província, um grande ímã para migrantes de outras províncias, voltaram 6,94 milhões de trabalhadores não locais, disse a entidade, citando uma pesquisa que cobre 15 mil empresas.

Todos os anos, milhões de trabalhadores chineses retornam à cidade natal no feriado da Festa da Primavera, de uma semana, mas em 2020 o surto do novo coronavírus levou a China a estendê-lo, e muitas fábricas e empresas não reabriram até 10 de fevereiro.

Muitas prefeituras fretaram trens e aviões e ofereceram subsídios e isenções de taxas para ajudar as empresas a trazerem de volta os trabalhadores e garantir uma reabertura sem problemas, ao mesmo tempo fortalecendo as medidas preventivas e de controle para minimizar os riscos de infecção.

Pesquisa aponta que pacientes com COVID-19 podem não ter febre ou anormalidade na TC

Beijing, 3 mar (Xinhua) -- Pesquisadores chineses descobriram que os pacientes com COVID-19 podem não ter febre ou anormalidade na Tomografia Computadorizada (TC), de acordo com um estudo publicado recentemente no New England Journal of Medicine.

No geral, febre e tosse são os sintomas mais comuns, enquanto a diarreia é incomum, apontou o artigo, cujo autor correspondente é o renomado especialista chinês em respiração, Zhong Nanshan.

Cerca de 43,8% dos pacientes analisados tiveram febre quando foram admitidos no hospital, e a taxa subiu para 88,7% durante a internação à medida que a doença se agravou, revelou.

A ausência de febre na COVID-19 é mais frequente do que nas infecções por SARS-CoV e MERS-CoV, e esses pacientes podem passar batido se a triagem se concentrar na detecção da febre, afirmou o estudo.

O estudo elaborou as características clínicas da infecção por COVID-19 com base nos dados de 1.099 pacientes confirmados em 552 hospitais de 30 regiões provinciais chinesas.

Na admissão, cerca de 56,4% dos pacientes apresentaram opacidade em vidro fosco na tomografia computadorizada (TC) do tórax.

Mas nenhuma anormalidade radiográfica ou tomográfica foi encontrada em 157 de 877 pacientes (17,9%) com doença não grave e em cinco dos 173 pacientes (2,9%) com doença grave, revelou.

A linfocitopenia foi observada na maioria dos pacientes na hora da internação.

A idade mediana dos pacientes estudados foi de 47 anos, com um período médio de incubação de quatro dias, e 41,9% eram do sexo feminino, segundo o artigo.

A taxa de letalidade dos casos estudados foi de 1,4%, semelhante às estatísticas oficiais nacionais.

Apenas 1,9% dos pacientes tinham histórico de contato direto com a vida selvagem. Entre os não residentes de Wuhan, 72,3% tiveram contato com pessoas de Wuhan, incluindo 31,3% que estiveram na cidade.

O estudo também mostrou que o vírus pode ser detectado no trato gastrointestinal, saliva e urina de alguns pacientes, recomendando assim que seja adotada mais proteção higiênica.

A presença de "super-espalhadores" não pode ser descartada, segundo o texto.

Shanghai desmantela esquema relacionado ao coronavírus que envolve US$ 1,9 milhão

Shanghai, 3 mar (Xinhua) -- A polícia de Shanghai deteve três suspeitos por um caso relacionado ao surto da COVID-19 que envolve mais de 13 milhões de yuans (US$ 1,86 milhão), anunciou na segunda-feira o departamento local da segurança pública.

Os suspeitos divulgaram desinformações em nome de uma falsa organização internacional e comercializaram um tipo de desinfetante usado para problemas de pele como eficaz para prevenir o novo coronavírus, segundo a polícia local.

Eles venderam quase 1.000 garrafas do produto e ganharam mais de 70.000 yuans de lucros ilegais.

Os envolvidos também assinaram contratos fraudulentos com empresas que precisam de materiais de prevenção e ganharam 13 milhões de yuans de 10 companhias e quase 60 pessoas sem fornecer os suprimentos reais. Eles foram presos em 25 de fevereiro.

O caso está sob mais investigação.

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Fonte:
Xinhua (estatal chinesa)

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