Laboratórios militares dos EUA estão trabalhando para desenvolver vacina para coronavírus, diz general

Publicado em 02/03/2020 23:13

WASHINGTON (Reuters) - Laboratórios militares dos Estados Unidos estão trabalhando para desenvolver uma vacina para o coronavírus, disse o chefe do Estado-Maior Conjunto nesta segunda-feira.

"De fato, os laboratórios militares estão trabalhando de maneira muito consistente, não apenas na vacina, mas em todo tipo de coisa", disse o general Mark Milley em um briefing do Pentágono. "Então, vamos ver como isso se desenvolve nos próximos meses."

As principais autoridades de saúde dos EUA disseram que uma vacina deve ficar pronta dentro de 18 meses e não há tratamento para a doença respiratória, embora os pacientes possam receber cuidados de apoio.

Equipamentos de proteção e kits de teste estão sendo distribuídos para instalações militares dos EUA, com prioridade para as localizadas na Península Coreana, disse Milley. A Coreia do Sul registrou 599 novos casos nesta segunda-feira, elevando sua contagem nacional para 4.335. O país já registrou 26 mortes.

O número de casos de coronavírus nos Estados Unidos aumentou nos últimos dias, com mais de 75 casos confirmados, incluindo duas mortes.

Autoridades dos Estados Unidos estão se preparando para mais casos da doença causada pelo coronavírus, com ênfase no aumento do número de kits de teste disponíveis.

Pfizer identifica compostos antivirais com potencial de inibir coronavírus

NOVA YORK (Reuters) - A farmacêutica Pfizer informou nesta segunda-feira que identificou certos compostos antivirais que possuía em desenvolvimento que têm o potencial de inibir coronavírus e está envolvendo um terceiro para rastrear os compostos.

A empresa disse que espera obter os resultados dessa triagem até o final de março e, se alguns dos compostos forem bem-sucedidos, espera começar a testá-los até o final do ano.

O diretor científico da Pfizer, Mikael Dolsten, foi um dos vários executivos do setor farmacêutico que se reuniu com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, na Casa Branca, nesta segunda-feira.

Disseminação do coronavírus leva mundo a "território desconhecido", diz OMS

SEUL/PEQUIM (Reuters) - O coronavírus está se espalhando muito mais rápido fora da China do que dentro do país atualmente, o que leva o mundo a um território desconhecido, mas o surto ainda pode ser contido, disse a Organização Mundial da Saúde (OMS) nesta segunda-feira.

Quase nove vezes mais casos foram relatados nas últimas 24 horas fora da China do que no país que foi a origem do surto, disse o chefe da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, acrescentando que agora o risco de o coronavírus se proliferar é muito alto em "nível global".

Ele disse que os surtos na Coreia do Sul, Itália, Irã e Japão são a maior preocupação, mas que existem indícios de que os métodos de vigilância estão funcionando na Coreia do Sul, o país mais afetado fora a China, e que a epidemia ali pode ser contida.

"Estamos em território desconhecido --nunca vimos antes um patógeno respiratório que é capaz de transmissão comunitária, mas ao mesmo tempo pode ser contido com as medidas certas", disse ele em um briefing em Genebra.

A luta contra o coronavírus deveria se tornar uma ponte para a paz, disse Tedros, elogiando os Estados Unidos por apoiarem o envio de ajuda médica ao Irã, apesar das tensões entre as duas nações.

Ministros das Finanças dos países do G7 devem realizar uma teleconferência na terça-feira para debater medidas para lidar com o impacto econômico, disseram três fontes à Reuters.

Os mercados mundiais de ações recuperaram alguma calma, já que as esperanças de que cortes nas taxas de juros globais suavizem o impacto econômico acalmaram os nervos após sua pior queda desde a crise financeira de 2008 na semana passada.

O total de mortes globalmente é de até 3.044, de acordo com uma contagem da Reuters. Uma autoridade de alto escalão dos EUA disse temer que os números em seu país, atualmente mais de 75 casos confirmados e duas mortes, possa disparar nas próximas semanas.

A quantidade de kits de exames disponíveis será acelerada nas próximas semanas, disseram autoridades. A porta-voz da Casa Branca, Stephanie Grisham, disse que o risco para os norte-americanos ainda é muito baixo.

A Coreia do Sul teve 26 mortes e relatou outras 599 infecções nesta segunda-feira, o que eleva sua cifra para 4.335 após o maior salto diário até o momento, que ocorreu no sábado.

Wuhan, a cidade chinesa no centro da epidemia de coronavírus, fechou o primeiro de 16 hospitais construídos às pressas para tratar pessoas infectadas depois de dar alta aos últimos pacientes recuperados, noticiou a emissora estatal CCTV nesta segunda-feira.

A notícia do fechamento coincidiu com uma redução acentuada de casos novos na província de Hubei e em sua capital Wuhan, mas a China continua em alerta para as pessoas que voltam contaminadas de outros países onde a doença se disseminou.

A Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) alertou que o surto está encaminhando a economia mundial para sua maior retração desde a crise financeira global e exortou governos e bancos centrais a reagirem.

Coronavírus mata 6 na região de Seattle e autoridades dos EUA se preparam para mais casos

(Reuters) - Seis pessoas morreram na região de Seattle, no Estado de Washington, por doenças causadas pelo novo coronavírus, disseram autoridades de saúde nesta segunda-feira, enquanto autoridades ao longo dos Estados Unidos se organizavam para lidar com mais infecções, com ênfase no aumento do número de kits de exame disponíveis.

O dr. Jeff Duchin, diretor da agência de saúde pública de Seattle e Condado de King, anunciou o aumento de mortes em relação às duas anteriores no Estado de Washington. Ele disse em uma entrevista coletiva que a região não estava recomendando o fechamento de escolas ou o cancelamento de nenhum evento neste momento, mas eles preveem que o aumento nos casos continue.

O número total de casos no Estado de Washington está agora em 18. Cinco das mortes ocorreram no Condado de King e uma no condado de Snohomish, também na região de Puget Sound, ao norte de Seattle.

O governador de Nova York, Andrew Cuomo, cujo Estado tem um caso confirmado, permitiu que o Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA (CDC) realize em Nova York testes para o vírus que matou cerca de 3.000 pessoas em todo o mundo desde que surgiu na China, em dezembro.

"Gostaria de ter uma meta de 1.000 testes por dia em uma semana, porque, quanto mais testes, melhor", disse Cuomo em um briefing nesta segunda-feira.

As autoridades federais de saúde disseram que o número de kits de exame para coronavírus será radicalmente expandido nas próximas semanas. Os Estados Unidos parecem propensos a um aumento nos casos, em parte porque haverá mais testes para confirmar infecções.

O número de casos nos Estados Unidos até 1º de março subiu para 91, segundo o CDC.

Flórida confirma 2 casos de coronavírus, um deles viajou para a Itália, diz governador

(Reuters) - O Centro de Controle e Prevenção de Doenças confirmou nesta segunda-feira que dois presumíveis casos na Flórida testaram positivo para o coronavírus, disse o governador, Ron DeSantis, durante entrevista coletiva.

Ambos os pacientes são adultos. Um paciente viajou recentemente para a Itália, enquanto o outro não tinha histórico de viagem relevante, mas tinha "condições subjacentes significativas" e estava hospitalizado, disse DeSantis.

"Prevemos ver mais casos confirmados no Estado da Flórida", disse DeSantis.

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Fonte:
Reuters

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