Na China (em Qingdao), passageiros e visitantes são presos e colocados em quarentena

Publicado em 25/02/2020 19:31

Qingdao, 25 fev (Xinhua) -- Todos os passageiros que chegam a Qingdao, cidade litorânea na Província de Shandong, leste da China, devem ficar em quarentena por 14 dias a partir de segunda-feira, de acordo com um comunicado divulgado pelas autoridades locais na segunda-feira.

As pessoas que chegam a Qingdao com sintomas suspeitos de COVID-19 devem ser isoladas em hospitais designados, enquanto outras precisam permanecer em suas residências ou hotéis designados por 14 dias.

Todas as pessoas de entrada (visitantes) devem ter seus hotéis ou residências registrados em Qingdao com antecedência e ser recolhidas por veículos despachados por distritos ou cidades de nível distrital de seu alojamento quando for chegada.

Entre 24 de janeiro e 23 de fevereiro, o aeroporto da cidade recebeu 20.516 passageiros. Foram implementadas medidas rigorosas de observação e quarentena para as pessoas que viajam das regiões severamente atingidas pela epidemia, as que têm sintomas de febre ou tosse e aquelas que mantiveram contato próximo com pacientes confirmados.

O governo local disse que intensificará a avaliação de riscos e as medidas de quarentena dos portos para melhor conter a epidemia, e tomará a iniciativa para explicar a situação aos passageiros estrangeiros.

Hubei, província mais afetada pelo coronavírus, fornecerá mais ajuda a passageiros presos

Wuhan, 25 fev (Xinhua) -- As autoridades em Hubei, epicentro do surto do novo coronavírus, emitiram uma declaração na terça-feira para fornecer mais ajuda para os passageiros presos e aqueles em dificuldades.

A declaração disse que os residentes não locais que trabalham ou estudam em Hubei serão ajudados por suas empresas ou escolas. Os profissionais autônomos e passageiros presos receberão cuidados pelas comunidades ou aldeias locais.

O governo também fornecerá assitência àqueles em dificuldades de emprego, tratamento médico e alojamento.

As pessoas presas podem buscar ajuda via a linha direta 12345 ou registrar sua informação no site governamental e app oficial, de acordo com a declaração.

China promove medidas diferenciadas para frear epidemia

Beijing, 25 fev (Xinhua) -- As autoridades chinesas exigiram medidas diferenciadas para cada região de nível distrital para conter o surto do novo coronavírus com base na situação epidêmica local.

Uma circular emitida pelo mecanismo conjunto de prevenção e controle do Conselho de Estado pede um monitoramento preciso da saúde para os residentes segundo diferentes níveis de risco.

Os níveis de risco devem ser julgados a partir de registros de viagem e vida diária das pessoas, assim como seu estado de saúde e contato com casos da doença, explica o documento.

Pessoas com alto risco de infecção devem permanecer em quarentena em hospitais designados e as com risco médio devem se colocar em quarentena em casa, aponta o texto, acrescentando que os indivíduos com baixo risco podem retomar o trabalho se sua temperatura estiver normal.

Wuhan, capital de Hubei, assim como outras cidades com políticas de controle de transporte na província, devem limitar o fluxo de pessoas com medidas rigorosas. Cidadãos de prefeituras que não implementaram o controle de transporte em Hubei devem ficar em quarentena por 14 dias depois de chegarem aos seus destinos, segundo a circular.

O documento exige que as instituições médicas encontrem e verifiquem todos os pacientes suspeitos e deem tratamento a cada caso confirmado o mais cedo possível.

Relatórios relacionados à epidemia e desinfecção devem ser melhorados em comunidades, locais de trabalho, escolas, locais públicos, incluindo lojas e hotéis, bem como áreas rurais, destaca o texto, acrescentando que horários de trabalho flexíveis devem ser promovidos.

Metrô de Beijing intensifica desinfecção em meio à epidemia

Beijing, 25 fev (Xinhua) -- As autoridades do metrô de Beijing anunciaram nesta terça-feira que intensificarão ainda mais a desinfecção de suas linhas para conter de forma melhor a propagação do novo coronavírus.

A desinfecção será realizada uma vez por hora em todos os dispositivos de segurança, catracas, máquinas de bilhetes, corrimãos e elevadores em todas as linhas do metrô. Áreas públicas, incluindo banheiros e áreas de escritório, serão desinfetadas cinco vezes por dia.

Os trens também serão desinfetados cinco vezes antes de suas partidas e os funcionários desinfetarão os vagões antes de retornarem à estação.

Os passageiros são obrigados a usar máscaras a bordo do trem e manter uma distância segura entre si. Para aqueles que insistirem em não usar máscaras, os funcionários procurarão ajuda da polícia.

Beijing vem realizando desinfecção diária e verificações de temperatura corporal de passageiros nas 23 linhas do metrô que cobrem 405 estações desde o início de fevereiro.

Transmissão de coronavírus na China está desacelerando, diz representante da OMS (Estadão)

O líder da missão internacional conjunta da Organização Mundial da Saúde (OMS) e da China contra o coronavírus, Bruce Aylward, disse nesta terça-feira que os casos de infecção pelo vírus no país asiático estão desacelerando. "Vimos um crescimento exponencial de novos casos, que atingiu um platô [estabilidade] e vem caindo consistentemente desde fevereiro", afirmou o especialista durante uma coletiva de imprensa da OMS, ao exibir um gráfico que mostrava a queda no número de novas ocorrências na China.

Aylward e outros 12 especialistas da OMS visitaram a China na semana passada para estudar as medidas de contenção do país. Ele elogiou os processos de quarentena e isolamento tomadas pelo país asiático e classificou as ações como responsáveis pela queda no número de casos.

"Se eu for contaminado com o coronavírus, quero ser tratado na China", disse Aylward, em tom de brincadeira. De acordo com o especialista, a falta de uma vacina contra o coronavírus torna o modelo chinês de contenção uma referência a ser seguida por outros países. Ele avalia que a "mudança de pensamento" pode ser o maior desafio de outros países na contenção do novo vírus.

"Aceitar quarentena onde é necessário, isolamento rápido, são desafios para as pessoas. Estamos preparados para isolar um número grande de pessoas?", questionou. "Você precisa de leitos de hospitais para isolar pessoas, você precisa de ventilação mecânica, você precisa de testes, você precisa de tomografias computadorizadas. Quantos países estão preparados para isso?", completou.

Segundo Aylward, os dados obtidos pela missão mostram que a transmissão assintomática do coronavírus parece responder por uma parcela muito pequena do total de casos. Por isso, não há evidências de que o número de casos seja superior ao que foi relatado até agora na China.

Até agora, os números indicam que a maior parte dos novos casos é leve, com sintomas de náusea e febre leve. Desses, cerca de 15% progridem para casos severos, com algum tipo de pneumonia. Dos severos, entre 15% e 20% evoluem para quadros críticos, quando há insuficiência respiratória e o risco de morte é maior.

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Fonte:
Xinhua (estatal chinesa)/Estadão

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