Ibovespa fecha em queda de 0,91%; IRB desaba... mas Itaú tem alta de 12,6%
Por Lynx Insight Service
SÃO PAULO (Reuters) - O principal índice da bolsa paulista fechou em queda nesta segunda-feira, marcada pelo tombo de X% do IRB Brasil, enquanto Itaú Unibanco avançou antes do balanço.
O Ibovespa <.BVSP> fechou em baixa de 0,91%, a 112.729,99 pontos. O giro financeiro da sessão somou 23,4 bilhões de reais.
Nas pontas do índice, Itaúsa subiu 2,7%, enquanto IRB Brasil teve baixa de 16%.
Entre as ações com maior participação no Ibovespa, Itaú Unibanco ganhou 2,17%. Bradesco teve ganho de 1,57%. Banco do Brasil perdeu 0,60% e Santander Brasil apurou avanço de 2,07%.
Vale fechou em baixa de 3,51% e Petrobras PN teve ganho de 0,28%, enquanto Petrobras ON caiu 0,6%.
O Ibovespa agora acumula desvalorização de 2,96% no ano. O índice está 7,1% acima da média dos últimos 200 dias de negócios. Nas últimas 52 semanas, o Ibovespa sobe 17,7%.
Itaú Unibanco tem alta de 12,6% no lucro do 4º tri
SÃO PAULO (Reuters) - O Itaú Unibanco, maior banco em ativos do país, teve alta de 12,6% no lucro do quarto trimestre, principalmente por conta do crescimento do crédito ao consumidor, das comissões do banco de investimento e das taxas de administração de fundos.
O banco informou nesta segunda-feira que teve lucro líquido recorrente, que exclui itens únicos, de 7,296 bilhões de reais no quarto trimestre, em linha com a estimativa de consenso dos analistas compilado pela Refinitiv, de 7,242 bilhões.
Ainda assim, o retorno sobre o patrimônio do banco, uma medida de rentabilidade, chegou a 23,7%, acima da expectativa dos analistas de 22,4%.
Apesar do lucro crescente, o Itaú reduziu o percentual de lucro distribuído aos acionistas, para 66,2%, de 87,2%, somando 18,8 bilhões de reais.
Embora o crescimento da carteira de empréstimos tenha acelerado no trimestre para 2,6%, impulsionado por crédito ao consumidor, o banco registrou maiores perdas em empréstimos corporativos, principalmente em suas unidades no Chile e na Colômbia.
As provisões para perdas com operações de crédito aumentaram 70,1% em relação ao ano anterior, para 5,811 bilhões de reais.
O Itaú Unibanco também aproveitou para reforçar as provisões após registrar ganhos extraordinários com o aumento da alíquota da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), seguindo movimentos semelhantes dos rivais Bradesco e Santander Brasil.
A receita de tarifas e os ganhos com seguros aumentaram 11,9% em relação ao ano anterior. As taxas de administração de fundos e as comissões do banco de investimento compensaram uma concorrência mais acirrada nos negócios de pagamentos de empresas novatas no mercado, como PagSeguro e StoneCo.
O banco também se beneficiou de um setor financeiro que enfrenta a chegada de inúmeros novos participantes. O Itaú registrou um ganho extraordinário de quase 2 bilhões de reais depois que a maior corretora digital do Brasil XP, na qual o Itaú possui uma participação minoritária, listou suas ações na Nasdaq em dezembro.
O Itaú também disse que sua carteira de empréstimos deve crescer entre 8,5% e 11,5% este ano, em linha com o crescimento de 10,9% em 2019, apesar da recuperação econômica do Brasil.
A instituição também vê despesas com perdas em empréstimos aumentando para entre 18,5 bilhões e 22 bilhões de reais, ante 18 bilhões no ano passado.
O presidente-executivo, Candido Bracher, discutirá os resultados do banco em teleconferências com jornalistas e analistas na manhã de terça-feira.
Banco BV (Votorantim) pede registro para IPO
SÃO PAULO (Reuters) - O BV, ex-Banco Votorantim, pediu registro para sua oferta inicial de units (IPO, na sigal em inglês), à medida que o juro básico do país na mínima histórica amplia a lista de empresas que buscam o mercado de capitais para financiar o crescimento.
O documento confirma informação publicada pela Reuters na sexta-feira, citando fontes, de que a assinatura de um novo acordo de acionistas do BV abria espaço para pedido do IPO. A operação era inicialmente prevista para acontecer em abril, com valor total previsto de cerca de 5 bilhões de reais, sendo 1 bilhão de uma oferta primária, enquanto os 4 bilhões restantes corresponderão à oferta secundária, com BB e Votorantim Finanças levando 2 bilhões cada, afirmaram as fontes.
Segundo informações da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a operação será coordenada por Goldman Sachs, JPMorgan, BB Investimentos, Itaú BBA, Morgan Stanley, Bank of America Merrill Lynch e UBS. Cada unit vai representa uma ação ordinária e duas preferenciais do banco.
Banco do Brasil e Votorantim Finanças, braço do Grupo Votorantim, serão os acionistas vendedores na tranche secundária da oferta.
No prospecto preliminar publicado nesta segunda-feira, o BV afirma que pretende usar recursos da oferta primária --ações novas, cujos recursos vão para o caixa da companhia, para ampliar oferta de crédito e para investimentos na BVx, sua unidade de negócio de inovação.
Quinto maior banco privado do país em ativos, o BV se apresenta como líder no financiamento de veículos usados, com 25% de participação no setor, que tem experimentado recuperação desde 2019, em linha com a retomada gradual da economia.
O BV também se considera como instituição financeira do país mais conectada a startups e fintechs e tem parcerias com plataformas como GuiaBolso, o Banco Neon e o grupo de empréstimos educacionais Pravaler.
IPCA para 2020 passa de 3,40% para 3,25%, aponta Focus
Os economistas do mercado financeiro alteraram a previsão para o IPCA - o índice oficial de preços - em 2020. O Relatório de Mercado Focus, divulgado nesta segunda-feira, 10, pelo Banco Central, mostra que a mediana para o IPCA neste ano foi de alta de 3,40% para 3,25%. Há um mês, estava em 3,58%. A projeção para o índice em 2021 seguiu em 3,75%. Quatro semanas atrás, estava no mesmo patamar.
O relatório Focus trouxe ainda a projeção para o IPCA em 2022, que seguiu em 3,50%. No caso de 2023, a expectativa permaneceu em 3,50%. Há quatro semanas, essas projeções eram de 3,50% para ambos os casos.
A projeção dos economistas para a inflação está abaixo do centro da meta de 2020, de 4,00%, sendo que a margem de tolerância é de 1,5 ponto porcentual (índice de 2,50% a 5,50%). No caso de 2021, a meta é de 3,75%, com margem de 1,5 ponto (de 2,25% a 5,25%). Já a meta de 2022 é de 3,50%, com margem de 1,5 ponto (de 2,00% a 5,00%).
Na semana passada, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que o IPCA subiu 0,25% em janeiro.
Em dezembro, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC atualizou suas projeções para a inflação. Considerando o cenário de mercado, a projeção para o IPCA em 2020 estava em 3,5% e, para 2021, em 3,4%.
No Focus de hoje, entre as instituições que mais se aproximam do resultado efetivo do IPCA no médio prazo, denominadas Top 5, a mediana das projeções para 2020 foi de 3,40% para 3,16%. Para 2021, a estimativa do Top 5 foi de 3,75% para 3,73%. Quatro semanas atrás, as expectativas eram de 3,50% e 3,75%, nesta ordem.
No caso de 2022, a mediana do IPCA no Top 5 permaneceu em 3,50%, ante 3,75% de um mês atrás. A projeção para 2023 no Top 5 seguiu em 3,50%, ante 3,75% de quatro semanas antes.
0 comentário
Brasil tem fluxo cambial negativo de US$18,427 bi em dezembro até dia 20, diz BC
Dívida pública federal sobe 1,85% em novembro, para R$7,204 tri, diz Tesouro
Gabinete Presidencial de Taiwan faz primeira simulação de mesa sobre emergência com China
Wall Street cai sob pressão de alta dos rendimentos dos Treasuries
Rússia rejeita apelo de Trump para trégua na Ucrânia, mas está pronta para negociações
Ibovespa oscila pouco nos primeiros negócios após Natal