Bancos Privados aumentam a concessão de crédito agrícola
Sendo uns dos setores de maior desempenho no país, o segmento agrícola vem despertado um grande interesse nos bancos privados para a concessão de crédito. Isso acontece devido ao aumento da necessidade de crédito privado e a atratividade do setor por conta da redução e encarecimento da oferta de crédito subsidiado, e da redução da taxa SELIC, que aproximou a taxa de juros que o produtor rural pode pagar daquela praticada no mercado.
A procura dos bancos por esse novo mercado é decorrente as peculiaridades do agronegócio. “Os meios que o produtor utiliza para buscar crédito são diferentes dos convencionais utilizados por outras empresas. Por exemplo, o produtor não é digitalizado e não procurará soluções de crédito por vias online; o produtor não deve ser financiado ou cobrado com base exclusivamente em informações convencionais, tais como o IR ou seu balanço. Apesar de o maior ativo do produtor ser sua terra, a moeda que ele usa é a commodity, algo de que o banco não entende, não quer operar e não tem agilidade para executar. Por isso, suas dívidas são colaterizadas na terra, o que gera dificuldade de cobrança no agronegócio”, explica Bernardo Fabiani, CTO da TerraMagna, agrotech brasileira que atua na mitigação de riscos do agronegócio.
Para atender agricultores em áreas remotas, diversas agências bancárias estão sendo abertas em pontos estratégicos, gerando contratação de muitos gerentes para operar no campo e - literalmente - abordar fisicamente os produtores. Se, por um lado, os bancos estão tentando emprestar mais, no quesito segurança do crédito, poucas são as soluções aplicadas para garantir o recebimento da dívida.
“Em um primeiro momento, os benefícios que os bancos privados trazem ao agricultor é o crédito mais barato e, depois, uma maior profissionalização. À medida que o contato com o produtor se desenvolve, elevar gradativamente a barra da concessão de crédito levará a uma governança empresarial mais estabelecida e acesso a outros serviços financeiros dos quais o produtor é carente, tais como hedging (operação que reduz ou elimina a exposição a preço de commodities). O crédito no agronegócio não é arriscado, mas muitas vezes é mal-gerido,” conta Fabiani.
Para auxiliar na segurança do recebimento de crédito aos financiadores, a TerraMagna realiza o monitoramento de lavouras por meio de um sistema próprio via satélite e também monitoramento de campo para acompanhar o grão do campo ao silo. O monitoramento funciona da seguinte forma: a empresa recebe o descritivo das operações de concessão de crédito e o financiador acompanha em tempo real a lavoura, chegando antes dos demais credores e evitando fraudes, como ausência plantio ou desvio do grão produzido. Caso sejam observados indícios de que haverá problemas no pagamento, o credor executa rapidamente o colateral e tem garantia de liquidez com a venda da lavoura. “Proporcionamos mais segurança nas operações financeiras do agronegócio, tornando o processo transparente e menos invasivo, com dados isentos”, finaliza o CTO da agrotech.
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