Economia do Brasil muda a tendência, e passa a mostrar mais vigor, diz Banco Central
BRASÍLIA (Reuters) - Os números do Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) mostram reversão da tendência de fraqueza, apontou nesta segunda-feira o presidente do BC, Roberto Campos Neto, em apresentação disponibilizada por ocasião de reunião junto a fintechs.
A apresentação exibiu um gráfico com dados dessazonalizados até agosto deste ano, destacando uma melhoria nos últimos meses. Na quinta-feira passada, o BC divulgou que em setembro o IBC-Br subiu 0,44% sobre um mês antes. No terceiro trimestre sobre o anterior, a alta foi de 0,91%, de acordo com dados dessazonalizados.
Na apresentação desta segunda-feira, Campos Neto indicou ainda que as expectativas quanto ao Produto Interno Bruto (PIB) continuam favoráveis, citando projeções da pesquisa Focus, feita pelo BC junto a uma centena de economistas.
O documento destacou ainda que o IBC-Br, popularmente tomado como uma proxy do PIB, agrega a Pesquisa Industrial Mensal (PIM), Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), a PNAD Contínua, além de "outras informações conjunturais".
Por ora, a estimativa oficial do BC é de que o PIB subirá 0,9% em 2019 e 1,8% em 2020. Na pesquisa Focus mais recente, a expectativa é de alta de 0,92% neste ano e 2,17% no próximo.
Em relação aos juros básicos, Campos Neto reiterou mensagem de que o Comitê de Política Monetária (Copom) deverá cortar a Selic em mais 0,5 ponto percentual em dezembro, na sua última reunião do ano, o que a levará a taxa à mínima histórica de 4,5%.
O presidente do BC voltou a dizer que esse passo está condicionado à consolidação do cenário benigno e também fez a ressalva de que "os próximos passos da política monetária continuarão dependendo da evolução da atividade econômica, do balanço de riscos e das projeções e expectativas de inflação".
AÇÕES NO CRÉDITO
A exemplo das últimas apresentações do BC, a que foi divulgada nesta segunda-feira fez um apanhado da evolução recente no crédito no país, dando ênfase à recente alta do crédito livre e queda do crédito direcionado.
Especificamente sobre o uso do IPCA como indexador dos contratos de financiamento imobiliário -- inovação que foi permitida pelo BC e que passou a ser ofertada pela Caixa Econômica Federal -- o BC apontou que o volume esperado para o ano foi alcançado em 45 dias desde o início da comercialização do produto.
Segundo o BC, 2 bilhões de reais em financiamentos imobiliários já foram concedidos e 10 bilhões de reais foram aprovados.
(Por Marcela Ayres)
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