Maia e Anastasia afirmam que debate sobre cessão onerosa avança no Congresso

Publicado em 08/10/2019 16:22

LOGO REUTERS

Por Maria Carolina Marcello

SÃO PAULO (Reuters) - As discussões sobre a divisão de partes dos recursos da cessão onerosa entre Estados e municípios avançaram na Câmara nesta terça-feira, afirmaram o presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e o vice-presidente do Senado, Antonio Anastasia (PSDB-MG).

As negociações em curso, segundo uma fonte a par do assunto, giram em torno da construção de um projeto de lei para definir os critérios de distribuição desses recursos entre os entes federativos de forma a contemplar os desejos tanto do Senado, quanto da Câmara, podendo ter sua tramitação iniciada ainda nesta semana no Congresso.

“Estamos construindo, sob a liderança do presidente (do Senado) Davi (Alcolumbre) esse acordo”, disse Maia a jornalistas.

“Se possível, ele pode avançar rapidamente.”

A solução, relatou a fonte, passaria pela definição de critérios mistos para a partilha do montante destinado a Estados. Uma parte --o equivalente a dois terços desse valor-- seria distribuído pelas regras do Fundo de Participação dos Estados. O restante, via critérios da Lei Kandir.

Os recursos para municípios seria partilhado pelo Fundo de Participação dos Municípios.

Já tramita, na Câmara, uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) sobre o tema, mas ela vinha sofrendo resistências. O andamento da PEC entre os deputados trazia ansiedade a senadores, e acabou contaminando a discussão da reforma da Previdência no Senado.

O projeto de lei, por sua vez, teria uma tramitação menos complicada do que uma PEC. O texto, com os critérios mistos, teria mais chances de agradar tanto senadores quanto deputados.

Se fechado um acordo em torno do texto --sem dar detalhes, o presidente da Câmara disse considerar “possível” um consenso--, ele poderia ser votado na quarta-feira em uma Casa e na próxima semana na outra, deixando a semana seguinte livre para a votação do segundo turno na reforma da Previdência no plenário do Senado.

O Congresso promulgou parte da PEC da cessão onerosa em que Câmara e Senado concordam, garantindo assim a viabilidade do megaleilão de áreas de petróleo e gás no pré-sal, previsto para novembro.

O restante da PEC, que tratava dos critérios de distribuição de parte dos recursos a Estados e municípios, seguiu em tramitação na Câmara.

O megaleilão vai ofertar em 6 de novembro volumes de reservas excedentes ao contrato da cessão onerosa, assinado entre União e Petrobras em 2010, que autorizava a produção pela petroleira estatal em determinadas áreas da Bacia de Santos de até 5 bilhões de barris de óleo equivalente.

A União prevê arrecadar com a licitação 106,6 bilhões de reais em bônus de assinatura caso todas as áreas sejam arrematadas.

Uma parte do valor arrecadado com o leilão também será utilizada para pagar a Petrobras, com quem a União acertou as contas após uma renegociação do contrato original da cessão onerosa.

Já segue nosso Canal oficial no WhatsApp? Clique Aqui para receber em primeira mão as principais notícias do agronegócio
Fonte:
Reuters

RECEBA NOSSAS NOTÍCIAS DE DESTAQUE NO SEU E-MAIL CADASTRE-SE NA NOSSA NEWSLETTER

Ao continuar com o cadastro, você concorda com nosso Termo de Privacidade e Consentimento e a Política de Privacidade.

0 comentário