Guedes diz que há "zero fundamento" em notícia sobre sua saída do governo
BRASÍLIA (Reuters) - O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou à Reuters que há "zero fundamento" em notícia sobre sua saída do governo no início do próximo ano.
A notícia sobre a saída de Guedes, publicada pela Coluna Esplanada, do jornal Hoje em Dia, derrubou a Bolsa e fez o dólar subir hoje.
Mais cedo, o Diário da Amazônia publicou que Guedes deverá deixar o governo em fevereiro e que estava apenas esperando a aprovação da reforma da Previdência e a consolidação da reforma tributária.
Profissionais do mercado financeiro citaram a notícia como fator que ajudou nas perdas da bolsa. Principal índice de ações brasileiro, o Ibovespa caiu 1,93% nesta segunda-feira, a 100.572,77 pontos, menor fechamento desde 3 de setembro.
Moro, as intrigas — e as mentiras (em O Antagonista)
Já o ministro Sérgio Moro, em entrevista à Veja, disse o seguinte:
“Brasília é uma cidade onde as intrigas ganham uma dimensão irreal. As mais recentes afirmavam todo dia que eu estava saindo do governo. Há dentro do governo, no Congresso e no Supremo interesses múltiplos que nem sempre são convergentes, mas não entendo muito a lógica dessas intrigas. Toda relação de trabalho tem seus altos e baixos. Minha relação com o presidente é muito boa, ótima. Nunca cheguei perto de pedir demissão. As pessoas inventam histórias. Sei que é mentira, o presidente sabe que é mentira. Não sei direito de onde essas intrigas vêm.”
De fato, Brasília é uma cidade cheia de intrigas — e mentiras.
Ibovespa cai a menor nível em mais de um mês; bancos pesam
SÃO PAULO (Reuters) - A bolsa paulista fechou com o Ibovespa em queda nesta segunda-feira, com ações do setor financeiro entre as maiores pressões negativas, em pregão também marcado por expectativas para negociações comerciais entre Estados Unidos e China na semana.
Principal índice de ações brasileiro, o Ibovespa caiu 1,93%, a 100.572,77 pontos, menor fechamento desde 3 de setembro. O giro financeiro da sessão somou 13,4 bilhões de reais.
No exterior, reportagem de que Pequim estaria cada vez mais relutante a aceitar um acordo comercial amplo buscado pelo presidente norte-americano, Donald Trump, minou a confiança de investidores a poucos dias de nova rodada de conversas.
As negociações entre os dois gigantes econômicos estão marcadas para começarem na quinta-feira. Sinais contraditórios sobre o andamento das conversas têm adicionado volatilidade aos mercados e receios com a desaceleração da economia global.
"Existe grande incerteza em torno do resultado das conversas e os mercados deverão agir prontamente a qualquer novo desenvolvimento", afirmou a Guide Investimentos.
"A expectativa que predomina é de mais uma semana de volatilidade ... principalmente após dados de atividade terem decepcionado na semana passada e reforçado efeitos negativos do embate sobre a economia americana."
Após o fechamento do pregão, Trump disse que há boa possibilidade de acordo comercial com a China, mas apuração exclusiva da Reuters mostrou que o Departamento Comercial dos EUA vai indicar 28 entidades comerciais e do governo da China em uma lista negra comercial. O departamento confirmou a informação.
Do cenário doméstico, profissionais do mercado financeiro citaram notícia publicada pelo Diário da Amazônia de que o ministro Paulo Guedes deve deixar o governo em fevereiro como fator que ajudou nas perdas. À Reuters, contudo, um fonte da área econômica do governo negou a informação.
Dados disponibilizados pela B3 mostraram saída líquida de mais de 4,38 bilhões de reais do segmento Bovespa nos três primeiros pregões de outubro, reforçando o viés mais cauteloso no mercado secundário de ações no Brasil.
Uma série de ofertas de ações deve ser precificada neste mês, entre elas a da Vivara, na terça-feira, da Helbor, no dia 10, do Banco do Brasil, no dia 17, da C&A e do Banco BMG, dia 24.
DESTAQUES
- BANCO DO BRASIL ON caiu 3,95%, em meio a uma oferta secundária de ações. No setor, ITAÚ UNIBANCO recuou 1,85%, BTG PACTUAL cedeu 2,18% e SANTANDER BRASIL caiu 2,24%.
- BRADESCO PN cedeu 0,64%, mesmo após o segundo maior banco privado do país anunciar proposta de dividendo extraordinário de 8 bilhões de reais, que será avaliada pelo conselho em reunião do próximo dia 17. "Muito positivo", afirmou o analista Marcelo Telles, do Credit Suisse.
- ELETROBRAS PNB e ELETROBRAS ON caíram 6,61% e 7,9%. No fim de semana, a Folha de S.Paulo noticiou que o governo enterrou de vez os planos de injetar 3,5 bilhões de reais para tornar a companhia mais atraente para investidores privados.
- VALE ON desvalorizou-se 1,18%, descolada do movimento mais positivo de mineradoras no exterior.
- RD ON subiu 0,62%, entre as poucas altas da sessão, no primeiro pregão após encontro da empresa com analistas e investidores, com o BTG Pactual citando perspectivas melhores para a empresa nos próximos trimestres.
- PETROBRAS PN e PETROBRAS ON caíram 1,28% e 1,56%, respectivamente, apesar da alta dos preços do petróleo no mercado externo.
Wall Street recua em meio a cautela em disputa comercial EUA-China
NOVA YORK (Reuters) - Os índices acionários dos Estados Unidos recuaram nesta segunda-feira, com notícias sobre as disputas comerciais entre o país e a China mantendo os investidores cautelosos antes das negociações marcadas para o final desta semana.
O Dow Jones fechou em queda de 0,36%, a 26.478,02 pontos. O S&P 500 recuou 0,45%, para 2.938,79 pontos, e o Nasdaq Composto caiu 0,33%, a 7.956,29 pontos.
Uma reportagem afirmando que a China está cada vez mais relutante em chegar a um acordo abrangente, que é perseguido pelo presidente dos EUA, Donald Trump, pesou sobre o entusiasmo do mercado no início da sessão.
No entanto, o assessor econômico da Casa Branca, Larry Kudlow, ajudou a amenizar parte da ansiedade, afirmando que é possível que os negociadores de EUA e China façam progresso quando se reunirem em Washington, e que os EUA estão abertos às propostas levadas pelos chineses.
As ações operaram brevemente em alta durante a tarde, após um repórter da Fox publicar no Twitter que o Ministério do Comércio da China está pronto para um acordo com os EUA sobre partes das negociações.
Negociadores de segundo escalão dos dois países iniciaram nesta segunda-feira uma nova rodada de conversas visando a resolução da guerra comercial sino-americana, que já dura 15 meses, enquanto a Casa Branca confirmou oficialmente que negociações de alto nível serão iniciadas na quinta-feira e envolverão o vice-premiê da China, Liu He, o representante comercial dos EUA, Robert Lighthizer, e o secretário do Tesouro norte-americano, Steve Mnuchin.
"Os mercados estão tentando gerar alguma expectativa quanto ao resultado das negociações comerciais e descobrir onde e como desejam precificá-lo", disse Shawn Cruz, diretor de estratégia da TD Ameritrade.
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