Democratas investem em inquérito de impeachment de Trump na Câmara dos EUA

Publicado em 25/09/2019 09:48

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Os democratas da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos vão mergulhar nesta quarta-feira no inquérito formal de impeachment do presidente Donald Trump, que pode alterar drasticamente a corrida presidencial de 2020.

A presidente da Câmara, Nancy Pelosi, que resistiu durante meses a clamores de seus colegas do Partido Democrata pelo processo de impeachment de Trump, anunciou a decisão depois de se reunir com correligionários na terça-feira.

Em um breve discurso em rede nacional de televisão, Pelosi acusou Trump de pedir ajuda da Ucrânia para difamar Joe Biden, o principal pré-candidato presidencial democrata, antes da eleição do ano que vem.

Pelosi descreveu o comportamento do presidente, do Partido Republicano, como uma "traição de seu juramento de posse, uma traição de nossa segurança nacional e uma traição da integridade de nossas eleições".

Trump contra-atacou rapidamente no Twitter, classificando o inquérito como "lixo de caça às bruxas".      

Mesmo se a Câmara dos Deputados, de maioria democrata, acabar votando pelo impeachment de Trump, é improvável que isso leve à sua deposição, uma vez que os republicanos têm uma pequena maioria no Senado, onde um impeachment precisaria de dois terços dos votos para ser aprovado.

Mas o processo pode prejudicar a imagem do presidente durante sua campanha de reeleição, já que só cerca de 45% dos norte-americanos aprovam seu desempenho na função -- especialmente se informações danosas surgirem durante audiências públicas.

O processo, por outro lado, também pode fortalecer Trump se seus compatriotas acreditarem que os democratas estão atacando o presidente injustamente.

O índice S&P 500 fechou em baixa de 0,84% na terça-feira, sendo abalado em parte pela expectativa com o anúncio de Pelosi, e as ações asiáticas estavam mais fracas nesta quarta-feira por causa da possibilidade de incerteza política na maior economia do mundo. O dólar sofria perdas diante da maioria das principais moedas.        

A mudança de postura de Pelosi veio na esteira de reportagens segundo as quais, em um telefonema de 25 de julho, Trump pressionou o presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, a investigar Biden, ex-vice-presidente dos EUA, e seu filho, Hunter, que trabalhou para uma empresa que faz prospecção de gás na Ucrânia.

Trump admitiu que conversou sobre Biden e seu filho na ligação, mas negou ter feito qualquer pressão sobre o líder ucraniano, apesar de seu governo estar retendo quase 400 milhões de dólares em ajuda militar para Kiev já aprovada pelo Congresso dos EUA.

(Reportagem adicional de Susan Cornwell, Richard Cowan e David Morgan, em Washington; e Steve Holland, nas Nações Unidas)

 

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Fonte:
Reuters

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