Dólar tem maior alta em mais de 5 meses e passa de R$ 3,90 com fluxo de saída, exterior e política local
SÃO PAULO (Reuters) - O dólar subiu quase 2,5 por cento e fechou no maior patamar ante o real desde o começo de outubro com fluxo de saída de recursos em ambiente de aversão ao risco no exterior e cautela com o cenário político local.
O dólar avançou 2,49 por cento, a 3,9175 reais na venda, maior patamar desde os 3,9349 reais de 2 de outubro. Foi a maior alta percentual desde 14 de junho, quando havia saltado 2,64 por cento.
Em cinco sessões consecutivas, o dólar já acumulou valorização de 4,75 por cento ante o real. O dólar futuro subia cerca de 2,3 por cento.
Câmbio fecha no maior valor em quase dois meses e BC anuncia leilão
A moeda americana fechou cotada a R$ 3,91, o maior valor desde o dia 2 de outubro, antes mesmo do primeiro turno das eleições. Agora é o cenário externo que está dando as cartas. O BC anunciou que na terça-feira fará leilões de até US$ 2 bilhões, para dar liquidez ao mercado.
O real foi uma das moedas que mais perdeu valor no dia em todo o mundo. O preço do minério de ferro, produto que o Brasil tanto exporta, recuou muito nesta segunda-feira. Essa também é uma época do ano em que multinacionais costumam transferir recursos para suas sedes, tirando dólares do país. Lá fora, a previsão de novas altas nos juros americanos também atrai dinheiro para os EUA, especialmente dos emergentes. O conflito comercial entre americanos e chineses é outro ponto de turbulência no cenário.
Para completar o dia, ainda pesa a falta de garantias de que o projeto da cessão onerosa será votado esta semana. Ele está na pauta do Senado, mas não há ainda um acordo para destravá-lo. Os recursos com o petróleo excedente darão um alívio nas contas públicas no ano que vem. Isso facilitaria o começo do novo governo.
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