Ibovespa cai com pressão externa e indefinições em política local
SÃO PAULO (Reuters) - O principal índice da B3 operava em queda nesta segunda-feira, com o cenário externo pressionando diante de receios de uma guerra comercial entre Estados Unidos e China, enquanto as indefinições no quadro político-eleitoral local reforçavam o tom negativo.
A primeira parte do pregão é marcada ainda por vencimento de opções sobre ações, o que pode trazer mais volatilidade aos negócios.
Às 11:30, o Ibovespa caía 1,19 por cento, a 69.912 pontos. O giro financeiro era de 5,73 bilhões de reais.
No exterior, as preocupações sobre uma disputa comercial entre Washington e Pequim ganharam corpo após a China ameaçar impor tarifas sobre as importações de petróleo bruto, gás natural e outros produtos de energia de origem norte-americana, depois que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou tarifas sobre 50 bilhões de dólares em importações chinesas.
"Com a ofensiva protecionista americana sendo confirmada, a aversão ao risco está submetendo os mercados a uma pressão negativa substancial", escreveu a equipe da corretora Nova Futura em nota a clientes.
O índice de ações de mercados emergentes MSCI caía 0,93 por cento. O cenário também era negativo em Wall Street, com o S&P 500 em baixa de 0,53 por cento.
DESTAQUES
- PETROBRAS PN e PETROBRAS ON caíam 1,54 e 1,8 por cento, respectivamente, contaminadas pelo cenário pessimista no mercado acionário como um todo, a despeito do movimento mais positivo para o petróleo no exterior.
- VALE ON tinha baixa de 1,02 por cento, também cedendo ao tom negativo do mercado e sem a referência da cotação do minério de ferro na China devido a feriado no país asiático.
- ITAÚ UNIBANCO PN perdia 1,64 por cento e BRADESCO PN cedia 1,4 por cento, pressionando o Ibovespa devido ao peso desses papéis em sua composição.
- B2W ON recuava 3,58 por cento, entre os destaques negativos do índice, com o cenário negativo como um todo favorecendo um movimento de ajuste, enquanto o papel ainda acumula alta superior a 20 por cento no ano.
- RD ON subia 1,19 por cento, entre os destaques de alta do Ibovespa, com investidores avaliando de forma positiva o plano de expansão da empresa e aproveitando as quedas que levaram o papel a acumular perdas de mais de 20 por cento no ano.
(Por Flavia Bohone)
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