Início de mês não anima mercado de carnes; Pressão nos preços ao produtor

Publicado em 12/06/2017 08:05

O cenário geral ainda é de pressão de baixa para o mercado do boi gordo

Por Scot Consultoria

A semana termina com cenário de baixa para o mercado do boi gordo. 

Das trinta e duas praças pesquisadas pela Scot Consultoria, a cotação do boi gordo caiu em seis.

Em São Paulo os preços caíram em quatro dias da semana. A referência para o macho terminado está em R$ 129,50, à vista, livre de Funrural, queda de 1,9% em relação ao início da semana.

No estado as escalas de abate giram em torno de seis a sete dias, fator que colabora para as tentativas de compra abaixo da referência. São observados pagamentos até R$ 2,00/@ menores. 

Apesar da demanda ainda ser um fator de atenção para as indústrias, elas vêm conseguindo segurar os preços para a carne com osso. Assim, diante das desvalorizações para o boi gordo e estabilidade para a carne, a margem de comercialização das indústrias está em patamares historicamente elevados.

Atualmente ela está em 27,3%, mais de dez pontos percentuais acima da média histórica e vinte e seis pontos a mais que em igual período do ano passado, quando a margem estava em 1,2%.

Suíno vivo: Com oferta excedente preço recua em SP e RS na semana

Por Larissa Albuquerque

Apesar do início de mês, onde o pelo do consumo é maior, o mercado de suínos registrou baixas na semana.

O levantamento de preço realizado pelo economista do Notícias Agrícolas, André Lopes, as quedas ocorreram em dois estados. São Paulo registrou o maior recuo, perdendo R$ 0,16 [3,85%] e terminando a semana cota do em R$ 4,00/kg. Em seguida ficou o Rio Grande do Sul, onde o quilo do animal vivo saiu de R$ 3,84 para R$ 3,77.

Segundo Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), com a redução dos embarques de carne suína entre abril e maio, a oferta do produto aumentou no mercado brasileiro, pressionando as cotações dos cortes e do suíno vivo.

No atacado paulista o preço médio registrou queda de 1,7%. Assim, a carcaça está sendo negociada por R$ 5,70/kg, sendo levantamento da Scot Consultoria.

Além disso, de acordo com o analista de Safras & Mercado, Allan Maia, "os frigoríficos adotaram a estratégia de não formar grande volumes de estoques, o que ajudou a pressionar as cotações”, explica.

Excepcionalmente nesta semana o Mdic (Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços) não divulgou a primeira parcial do mês de junho. Possivelmente, na próxima segunda, os embarques dos sete dias úteis deste mês sejam apresentados.

Frango vivo: Baixa necessidade de compra mantém preços estáveis nas granjas

Por Larissa Albuquerque

Os preços do frango vivo permaneceram estáveis nesta semana. O ambiente de negócios está frágil, mesmo no período de início de mês, onde tradicionalmente as indústrias buscam se abastecer.

O levantamento de preço realizado pelo economista do Notícias Agrícolas, André Lopes, apontou que em Minas Gerais a cotação está em R$ 2,20/kg. No Rio Grande do Sul, a média dos preços ficou em R$ 2,15/kg. E em São Paulo, os negócios ocorrem por R$ 2,50/kg a mais de sessenta dias.

Nem mesmo a produção ajustada tem colaborado para elevar os preços. Dados da Apinco apontaram queda no alojamento de pintos em abril, sendo o quarto mês de redução na produção.

Em abril foram produzidos 508,875 milhões de pintos de corte, significando queda 6% na comparação anual. Com o último resultado, o acumulado no primeiro quadrimestre de 2017 ultrapassou ligeiramente os 2,056 bilhões de cabeças, retrocedendo 6,59% em relação a idêntico período de 2016.

Além disso, a crise política trouxe preocupações ao setor por trazer de volta a volatilidade cambial, ainda que o real desvalorizado traga um maior espaço para as commodities agrícolas no cenário internacional. “Há de ser considerada também a questão da JBS, que vive uma situação complexa nesse momento, o que deixa as projeções para o futuro bastante imprevisíveis”, explica o analista, Fernando Iglesias, da Safras & Mercado.

Excepcionalmente nesta semana o Mdic (Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços) não divulgou a primeira parcial do mês de junho. Possivelmente, na próxima segunda, os embarques dos sete dias úteis deste mês sejam apresentados.

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Fonte:
Notícias Agrícolas + Scot

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