Nova fase da Lava Jato no RJ prende empresário por propina de R$12,5 mi em merenda e refeições de presos
RIO DE JANEIRO (Reuters) - A Polícia Federal prendeu na manhã desta quinta-feira um empresário acusado de pagar pelo menos 12,5 milhões de reais em propina a agentes públicos em um esquema criminoso de desvio de recursos destinados ao fornecimento de merenda escolar e alimentação de presos no Estado do Rio de Janeiro, em novo desdobramento das investigações da operação Lava Jato.
O empresário Marco Antônio de Lucca foi preso em um apartamento de frente para a praia em Ipanema, de acordo com a emissora de TV Globonews. Ele será indiciado por corrupção ativa, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
De acordo com comunicado da PF, foram expedidos ainda nove mandados de busca e apreensão a serem cumpridos no Estado do Rio de Janeiro como parte da operação Ratatouille.
Segundo a PF, o nome do prato típico da culinária francesa escolhido para a operação faz referência a um jantar em restaurante de alto padrão em Paris no qual estavam presentes diversas autoridades públicas do Estado do Rio e empresários que possuíam negócios com o Estado.
Desdobramentos das investigações da operação Lava Jato revelaram enorme esquema de corrupção no governo do Rio de Janeiro sob gestão do ex-governador Sérgio Cabral (2007 a 2014), que está preso desde novembro do ano passado acusado de receber milhões em propina no Brasil e no exterior.
(Por Pedro Fonseca)
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