Dólar tem leves variações ante real de olho no exterior e com baixo volume
Por Claudia Violante
SÃO PAULO (Reuters) - O dólar operava entre leves altas e baixas nesta segunda-feira, movimento que deve ser uma constante ao longo do dia em razão da agenda esvaziada e da baixa liquidez por conta da proximidade das festas de final de ano.
O Banco Central, mais uma vez, não anunciou qualquer intervenção no mercado até agora.
Às 10:06, o dólar avançava 0,09 por cento, a 3,3938 reais na venda, depois de acumular alta de 0,52 por cento na semana passada.
Na mínima do dia, chegou a 3,3790 reais e, na máxima, a 3,4043 reais. O dólar futuro caía cerca de 0,1 por cento.
"O mercado está em clima de tranquilidade. O dólar vem oscilando ao redor de 3,40 reais e, a menos que aconteça algum fato novo que mude o panorama, é dessa forma que ele deve ficar até o ano fechar", comentou o diretor da mesa de câmbio da corretora Multi-Money, Durval Correa.
No exterior, os investidores aguardavam o discurso da chair do Federal Reserve, Janet Yellen, em busca de mais sinais sobre a política monetária do banco central norte-americano. O evento está marcado para às 16h30 (horário de Brasília).
Na semana passada, o Fed elevou a taxa de juros em 0,25 ponto percentual e sinalizou ritmo mais rápido de altas em 2017, em meio a promessas do presidente eleito Donald Trump de impulsionar o crescimento por meio de cortes de impostos, aumento de gastos e desregulamentação.
o Fed vê agora três aumentos da taxa de juros no ano que vem, em vez de dois como previsto em setembro.
Sobre uma cesta de moedas, o dólar era negociado praticamente estável neste pregão e subia frente a algumas moedas de países emergentes, como os pesos mexicano e chileno.
Com o novo cenário do Fed, houve correção do dólar ante o real, já que juros mais altos nos Estados Unidos atraem investidores hoje alocados em países emergentes como o Brasil.
O BC brasileiro não anunciou, por enquanto, nenhuma intervenção no câmbio. O último dia que ele atuou no mercado foi em 13 de dezembro.
O mercado também continuava cauteloso diante da cena política brasileira, em meio a vazamentos de executivos da Odebrecht no âmbito da Lava Jato e que têm atingido importantes figuras do governo, inclusive o presidente Michel Temer.
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