Enquanto livre-comércio com UE é só promessa, Brasil flerta com a França
A ideia é reatar um laço que já que já foi mais forte, visando um horizonte ainda maior de possibilidades. Ministros e empresários brasileiros pediram, nesta semana, durante um fórum em Paris, que a França invista mais no Brasil, em particular nas infraestruturas, para permitir relançar o crescimento na maior economia da América Latina.
Além disso, conquistar os franceses - historicamente donos de uma postura mais conservadora dentro da União Europeia - pode ser um importante passo para a concretização do acordo de livre-comércio do Mercosul com os europeus, um dos pontos fundamentais para o agronegócio brasileiro no futuro.
As negociações do tratado foram retomadas no início deste ano, após mais de uma década estacionadas, e podem significar uma redução significativa das tarifas alfandegárias, que atualmente chegam a 4 bilhões de dólares anuais. “Nosso país apoia essas negociações”, disse o secretário de Estado francês de Comércio Exterior, Matthias Fekl, embora tenha ressaltado que a França continua “atenta” a alguns pontos relativos à indústria têxtil, aos serviços e à agricultura.
“Temos que reforçar nossas relações com a França e com a União Europeia”, disse Robson Braga de Andrade, presidente da Confederação Nacional da Indústria. Atualmente, um total de 877 empresas francesas - 38 delas do CAC 40, o principal índice da Bolsa de Paris - estão no Brasil, o principal destino dos investimentos franceses na América Latina.
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