Senado inicia segundo dia de julgamento e ouvirá testemunhas da defesa de Dilma
Por Maria Carolina Marcello
BRASÍLIA (Reuters) - O Senado iniciou na manhã desta sexta-feira o segundo dia do julgamento do impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff que está reservado para os depoimentos das testemunhas listadas pela defesa da petista.
Senadores favoráveis ao impeachment já avisaram que vão tentar desqualificar testemunhas da defesa, seguindo o mesmo procedimento feito por aliados de Dilma na véspera, que conseguiram tornar uma das duas testemunhas da acusação falasse apenas como informante.
O alvo principal é a ex-secretária de Orçamento Federal Esther Dwek, que teria sido solicitada para atuar na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado, sob a presidência da senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), uma das mais ativas aliadas da presidente afastada durante todo o processo de impeachment.
A primeira testemunha prevista para ser ouvida é o professor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e doutor em economia Luiz Gonzaga Belluzzo, muito próximo da presidente.
A lista de testemunhas arroladas pela defesa inclui o ex-ministro da Fazenda de Dilma Nelson Barbosa e o professor da Faculdade de Direito da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e presidente da Sociedade Brasileira de Direito Tributário, Ricardo Lodi.
Também serão ouvidos Geraldo Luiz Mascarenhas Prado, consultor jurídico, mestre e doutor em Direito pela Universidade Gama Filho (UGF), e Luiz Cláudio Costa, que foi secretário-executivo do Ministério da Educação no governo de Dilma.
Para aliados de Dilma, a tentativa dos favoráveis ao impeachment de desqualificar testemunhas não deve prosperar. No caso de Esther, argumentam que ela ainda não foi nomeada para o posto na comissão do Senado.
Na quinta-feira, primeiro dia da sessão do julgamento marcado por tensão e bate-bocas, o procurador do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União (TCU), Júlio Marcelo de Oliveira, principal testemunha da acusação, foi rebaixado à condição de informante.
Segundo o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, que também preside o julgamento, o procurador teria admitido que participou de ato pela rejeição das contas de Dilma, o que seria vedado a membros do Ministério Público.
As oitivas devem se estender pela madrugada e podem forçar o Senado a funcionar durante o fim de semana.
(Edição de Alexandre Caverni)
Senado ouve nesta sexta testemunhas da defesa de Dilma no impeachment
O plenário do Senado retoma na manhã desta sexta-feira (26) a sessão destinada ao julgamento final da presidente afastada Dilma Rousseff no processo de impeachment. Na reabertura dos trabalhos, marcada para as 9h, serão ouvidas as testemunhas de defesa da petista.
O julgamento final começou nesta quinta (25) com os depoimentos de duas testemunhas de acusação. A expectativa é que sessão com as testemunhas de defesa – 6 no total – avance para o fim de semana.
Foram chamados pela defesa de Dilma as seguintes testemunhas:
- Luiz Gonzaga Belluzzo, economista;
- Geraldo Prado, professor de direito da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ);
- Nelson Barbosa, ex-ministro da Fazenda;
- Esther Dweck, ex-secretária de Orçamento Federal do governo;
- Luiz Cláudio Costa, ex-secretário-executivo do Ministério da Educação;
- Ricardo Lodi Ribeiro, professor de direito da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ).
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