Lira recua e mantém prazo de 15 dias para defesa de Dilma em impeachment
BRASÍLIA (Reuters) - O presidente da comissão de impeachment, senador Raimundo Lira (PMDB-PB), recuou de decisão adotada na semana passada e anunciou nesta segunda-feira que mantém prazo de 15 dias para a apresentação das alegações finais da acusação e da defesa da presidente afastada Dilma Rousseff na comissão do Senado que analisa o impeachment.
Com a decisão e seguindo o cronograma do relator do caso na comissão, Antonio Anastasia (PSDB-MG), o prazo limite para o julgamento do impeachment de Dilma seria 15 de agosto.
Na semana passada, Lira havia acatado questão de ordem da senadora Simone Tebet (PMDB-MS), que encurtava o prazo para apresentação das alegações finais da defesa e da acusação de 15 para 5 dias. Com a decisão desta segunda-feira, Lira mantém o prazo originalmente sugerido por Anastasia, que prevê a votação da nova etapa da tramitação do impeachment --a chamada fase da pronúncia—no plenário do Senado nos dias 1º e 2 de agosto.
“Não posso negar que uma reflexão filosófica posterior me fez evoluir em minha convicção”, disse Lira ao iniciar a reunião da comissão desta segunda-feira. “Não me senti confortável em reformar a proposta apresentada pelo senador Anastasia.”
O plano de trabalho de Anastasia prevê que no dia 20 de junho, após a oitiva de testemunhas, poderá haver eventual interrogatório de Dilma. Os denunciantes poderão apresentar suas alegações finais entre 21 de junho e 5 de julho, e a defesa apresentará suas alegações de 6 de julho a 21 de julho.
No dia 25 de julho, Anastasia leria o parecer sobre a pronúncia na comissão, que discutiria o relatório no dia seguinte e o votaria no dia 27. O parecer resultante da avaliação da comissão seria então lido no plenário do Senado no dia 28, para poder ser discutido e votado nos dias 1º e 2 de agosto.
O relator ponderou, no entanto, que o cronograma é uma previsão, e que pode haver alteração nos prazos para oitiva de testemunhas e apresentação de provas, se assim entenderem os integrantes da comissão.
O plano de trabalho ainda precisa ser submetido a voto na comissão do impeachment.
(Por Maria Carolina Marcello)
0 comentário
Dólar abre semana estável antes de decisões de juros no Brasil e nos EUA
Mercado eleva expectativas para a inflação em 2024 e 2025 no Focus
Atividade manufatureira da China deve registrar queda crescente em julho
Confiança da indústria no Brasil avança pelo 4º mês consecutivo em julho, diz FGV
Minério de ferro fecha em leve alta em Dalian com dados industriais da China
Índice de Xangai fecha estável antes de reunião do Politburo