Temer divulga áudio em que fala como se impeachment estivesse aprovado
O vice-presidente da República, Michel Temer, enviou um discurso de 15 minutos a parlamentares de seu partido, o PMDB, em que fala como se o impeachment tivesse sido aprovado pela Câmara dos Deputados. A votação só está prevista para ocorrer no domingo.
No áudio, ao qual a Folha teve acesso, Temer diz estar fazendo seu primeiro "pronunciamento à nação". Ele diz que decidiu falar "agora, quando a Câmara dos Deputados decide por uma votação significativa declarar a autorização para a instauração de processo de impedimento contra a senhora presidente".
Leia a notícia na íntegra no site Folha de S. Paulo.
Temer envia áudio a parlamentares do PMDB como se Câmara tivesse aprovado impeachment
O vice-presidente da República, Michel Temer, enviou a um grupo de parlamentares do PMDB, por engano segundo sua assessoria, um áudio no qual fala como se o impeachment contra a presidente Dilma Rousseff tivesse sido aprovado pela Câmara dos Deputados.
"Eu quero neste momento me dirigir ao povo brasileiro para dizer algumas das matérias que, penso, devam ser por mim agora enfrentadas e eu faço, naturalmente, com muita cautela", começa Temer, presidente licenciado do PMDB, segundo áudio publicado no site do jornal Folha de S.Paulo.
"Agora, quando a Câmara dos Deputados decide por uma votação significativa declarar a autorização para a instauração do processo de impedimento contra a senhora presidente, muitos me procuraram para que eu desse pelo menos uma palavra preliminar à nação brasileira, que eu faço com muita modéstia, muita cautela, com muita moderação",continua o vice-presidente.
A assessoria de Temer disse à Reuters que a mensagem foi seguida por outra pedindo que a mensagem com o áudio fosse desconsiderada.
Nesta segunda-feira a comissão especial do impeachment votará o relatório do deputado Jovair Arantes (PTB-GO), favorável ao impedimento da presidente. A votação no plenário da Câmara está prevista para o próximo domingo.
No caso de a Câmara autorizar a instauração do processo de impeachment e os senadores confirmarem essa decisão, a presidente será afastada durante o processo no Senado, sendo substituída interinamente por Temer. O PMDB de Temer era o maior partido da coalizão governista até romper com a admnistração Dilma no final do mês passado, embora seus ministros permaneçam nos cargos.
Se o Senado condenar Dilma, Temer assume a Presidência definitivamente.
(Reportagem de Anthony Boadle; Texto de Alexandre Caverni; Edição de Raquel Stenzel)
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