Cunha defende que PMDB deixe governo e diz que sentimento é crescente na base
BRASÍLIA (Reuters) - O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), rompido com o governo desde julho do ano passado, voltou a defender nesta quarta-feira que seu partido deixe a aliança com o PT no governo federal e afirmou que cada vez mais parlamentares demonstram intenção de deixar a base aliada.
O presidente da Câmara ressaltou, no entanto, que esse movimento pode ou não ser traduzido em votos a favor ou contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff, em tramitação em uma comissão especial da Casa.
“Eu espero que o PMDB tome a decisão correta na terça-feira, dia 29. Eu vou estar lá para votar, votar pela saída do PMDB do governo, por sairmos definitivamente desse processo.... Eu espero que os demais membros do diretório nacional, na sua grande maioria, vão votar pela saída”, disse, referindo-se à reunião do diretório do partido marcada para o dia 29 deste mês.
“O PMDB não tem que continuar atrelado a um projeto do PT que é um projeto ao qual a maior parte do PMDB não concorda em seguir ... Não temos mais o compromisso de ficar atrelado a esse projeto que está afundando o Brasil.”
Cunha já vem defendendo que o partido desembarque do governo desde quando anunciou sua ruptura com o Planalto, em julho do ano passado. O PMDB deve ter reunião do diretório nacional marcada para o dia 29, quando deve discutir sua permanência no governo.
Maior partido da base de Dilma, o PMDB é encarado como crucial pelo governo em um momento que enfrenta a possibilidade de abertura de um processo de impeachment contra a presidente Dilma, cuja admissibilidade já é analisada em comissão especial da Câmara dos Deputados.
Para Cunha, “a cada hora que passa, o volume de parlamentares que se manifesta querendo estar fora do governo é muito maior do que era antes”. Questionado se essa tendência se reflete no posicionamento desses parlamentares em relação ao impeachment, afirmou: “Se isso vai se traduzir em voto no impeachment, só no dia você vai saber.”
(Reportagem de Maria Carolina Marcello)
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