Dólar vira e opera em queda, abaixo de R$ 3,60 nesta 3ª feira
O dólar mudou de rumo e operava em baixa nesta terça-feira (22), em meio as preocupações provocadas nos mercados externos após os ataques coordenados em Bruxelas.
Às 13h, a moeda norte-americana caía 0,58%, vendida a R$ 3,5892, após bater R$ 3,6536 mais cedo. Veja a cotação do dólar hoje.
Na véspera, o dólar avançou 0,8%, a R$ 3,6103. No mês de março, a divisa tem queda acumulada de 9,82%. No ano, recua 8,5%.
Intervenção do BC
Peso segundo dia consecutivo, o Banco Central vendeu apenas parcialmente a oferta de swaps cambiais reversos, que equivalem a compra futura de dólare., destaca a Reuters.
Alguns operadores viram na manobra um sinal de que a autoridade monetária não teria em vista patamares específicos para o câmbio, priorizando a redução de sua exposição cambial. O leilão também atenderia à demanda, ainda que fraca, de investidores que querem se desfazer de apostas na alta da moeda norte-americana.
Leia a notícia na íntegra no site do G1.
Na Reuters: BC não trabalha com flexibilização da política monetária, diz Tombini
Por Marcela Ayres
BRASÍLIA (Reuters) - O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, descartou nesta terça-feira a possibilidade de reduzir os juros básicos mesmo diante da economia fraca, citando balanço de riscos para a inflação ainda "desafiador".
"Os riscos inerentes ao comportamento recente das expectativas e das taxas observadas de inflação, combinados com a presença de mecanismos de indexação na economia brasileira e de incertezas quanto ao processo de recuperação dos resultados fiscais e sua composição, não nos permitem trabalhar com a hipótese de flexibilização das condições monetárias", disse ele durante audiência na Comissão de Assuntos Econômicas (CAE) do Senado.
Tombini destacou a importância do ajuste fiscal como algo "crucial e imprescindível", e disse que há muito o que ser feito para resgate da confiança da sociedade na economia brasileira.
Tombini também citou alguns fatores que ajudam a tirar força da inflação, como o menor repasse da alta do dólar sobre o real para os preços neste ano. Também destacou o menor ajuste dos preços administrados e fraqueza na economia brasileira, bem como o ambiente externo com tendência de menor crescimento.
Em 12 meses até fevereiro, a inflação medida pelo IPCA mostrou algum alívio, mas e, 12 meses ainda encontrava-se acima do teto da meta do governo --de 4,5 por cento, com margem de dois pontos para mais ou menos.
Tombini repetiu ainda que o BC trabalha para trazer a inflação para dentro do objetivo neste ano e fazê-la convergir para o centro da meta em 2017. Segundo ele, em março, a inflação acumulada deve cair para "um dígito alto".
O mercado, segundo pesquisa semanal Focus do BC com uma centena de economistas, vê inflação de 7,43 por cento em 2016 e de 6,0 por cento em 2017.
Tombini também posicionou-se contrário ao uso das reservas internacionais para outros objetivos. "Creio que as reservas são um seguro para permitir à economia transitar em cenários diversos da economia global", afirmou ele, acrescentando que o atual nível do colchão --de cerca de 370 bilhões de dólares-- é "moderado".
"O momento é de resguardar o nosso colchão de liquidez, de resguardar o nosso seguro", afirmou ele.
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