Na Folha: Justiça ronda dez líderes latino-americanos por irregularidades
Sobre dez presidentes e últimos ex-presidentes a ocupar o cargo em oito países da América Latina paira hoje a sombra de irregularidades. Em parte dos casos, os envolvidos são parentes próximos. Em outros, a ligação é direta.
As acusações ou suspeitas são tão diversas quanto tráfico de influência, lavagem de dinheiro e homicídio. Em um ponto, contudo, os casos coincidem: o fato de haver investigação que não poupa o círculo mais próximo ao poder nestes países.
"Há vários fatores comuns que explicam essas investigações. O primeiro deles é que você tem uma classe média que cresceu muito nos últimos 20 anos no Brasil e no resto da região, e que já não se conforma com o 'rouba mas faz'", diz o especialista em governos latino-americanos do centro de estudos americano Council of the Americas, Brian Winter.
"Eles pagam impostos e querem uma qualidade de governança melhor."
A pressão popular é, para especialistas ouvidos pela Folha, um dos principais motores da ação cada vez mais incisiva de procuradores em países como o Brasil, a Guatemala e o Chile.
A edição de 2015 do respeitado relatório Latinobarômetro mostra que, na lista dos problemas mais importantes apontados pela população da América Latina, a corrupção aparece em quarto lugar, atrás da violência, do desemprego e da economia -mas à frente da educação, da saúde e da pobreza. No Brasil, a corrupção foi o principal problema para 22% dos entrevistados.
"A pressão e a falta de tolerância sobre a corrupção, especialmente em tempo de crise econômica, têm feito com que as instituições investigativas ganhem poder", afirma Matthew Taylor, do Council on Foreign Relations, coautor do livro "Corruption and Democracy in Brazil: The Struggle for Accountability" (Corrupção e Democracia no Brasil: a luta pela responsabilização).
Leia a notícia na íntegra no site da Folha de S. Paulo.
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